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Nova vaga: Nômade Digital!

Um modelo de trabalho flexível, conectado e descentralizado que está sendo acelerado no pós pandemia.

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Trabalho remoto vs trabalho isolado

A pandemia fortaleceu um modelo de trabalho que já existia desde o surgimento da internet. Com a adoção do home office, as empresas e profissionais tomaram maior conhecimento deste modeloe quebraram as barreiras, e até preconceitos, de se trabalhar remoto. O mundo descobriu, de forma forçada, que trabalhar fora do escritório tem suas vantagens e desvantagens, e esse aprendizado foi criando novos hábitos e metodologias de trabalho. Antes de você dizer, “não aguento mais, preciso voltar a trabalhar em grupo, ver gente etc”, saiba que hoje não vamos falar de trabalho remoto no sentido de “estarmos isolados”, que foi o que vivemos nos últimos dois anos, mas sim sobre o modelo que foi sendo lapidado unindo as coisas boas da quebra do paradigma da necessidade de estarem todos presencialmente no mesmo local.

Trabalhar remoto, ao longo da pandemia, significou estar na sua casa, trabalhando da cozinha, do closet, da varanda, do banheiro (quem nunca precisou se trancar lá para um call em silêncio), com filhos pulando em cima de você, gato subindo no teclado, cachorro latindo, obra do vizinho etc, isso tudo sem poder sair de casa. Sim, foi difícil, e muito, muito mesmo, mas isso foram efeitos colaterais de isolamento social e não de trabalho remoto. Trabalhar remoto não significa estar sozinho em casa, não ver gente e não socializar. Trabalhar remoto significa trabalhar de onde você quiser, seja sozinho em casa (tem dias que é bom), seja de um coworking, de um café, do clube, do bar, ou onde você quiser e se sentir melhor naquele dia. Inclusive em outras Cidades, Estados e, porque não Países… Hoje, 44% das organizações da América Latina contam com funcionários que trabalham em um país diferente daquele em que a sede está instalada. 

Estou trabalhando e andando pra você 

Agora, se você pode trabalhar em outras regiões, será que você precisa estar sempre nesse mesmo local? Não poderíamos então viver morando, e trabalhando, por locais diferentes sem uma base fixa? Muitas pessoas já fizeram, ou conhecem pessoas que fizeram, o famoso “sabático”, no qual um profissional para de trabalhar por meses para viajar o mundo em busca de novas experiências, viver a vida local de outras cidades e países, fazer uma imersão em novas culturas e muito mais, algo difícil de se fazer em um período curto de férias… Mas, com o novo conceito de trabalho remoto, diversos profissionais estão adotando um modelo no qual viajar e trabalhar não sejam excludentes, mas sim uma combinação viável para um novo estilo de vida. São os chamados “Nômades digitais”, que estão ganhando um número considerável de adeptos. Até 2035 a estimativa é que haverá cerca de 1 bilhão de trabalhadores “nômades”. Muitas são as influências deste crescimento, entre elas, o número cada vez maior de ferramentas digitais que possibilitam um trabalho online eficiente e produtivo. O próprio CEO do Airbnb divulgou nesta semana que se tornará um nômade digital como estratégia para não só entender melhor essa tendência, como também avaliar a experiência das acomodações na plataforma, já que ele se hospedará nos locais que já estão cadastrados no Airbnb. 

Vale a pena para quem?

De um lado, o profissional. Do outro, a empresa contratante. A experiência vale para ambos? Os Nômades digitais tendem a ter uma capacidade multidisciplinar e adaptação a diferentes contextos – habilidades vantajosas para ambos. Por não terem a necessidade de trabalhar em um local fixo, muitos viajam e exploram novos locais para trabalharem temporariamente, isso permite com que as empresas os contratem como agentes de inovação e tendências, trazendo mais resultados através de novas culturas, networking e trocas internacionais. A própria StarSe hoje conta com profissionais em várias partes do mundo como agentes de inovação, e isso se torna um grande diferencial competitivo para empresa.

Mas para uma troca eficiente, é fundamental uma organização tanto da empresa quanto do profissional. Na frente de recursos humanos, bem como quanto os gestores da empresa, precisam compreender os contextos e rotinas destes profissionais, as melhores formas de comunicação, alinhamentos e prazos já que muitos podem estar em fusos horários diferentes e esse é um grande desafio a ser contornado. O nômade digital também deve ter uma organização própria clara e condizente com suas entregas e responsabilidades. E não só com gestão e organização as empresas e profissionais devem contar, mas também com ferramentas que permitam uma melhor eficiência e produtividade.

O canivete suíço do Nômade Digital

As plataformas e aplicativos que possibilitam a comunicação online, a gestão e criação de conteúdos, o próprio desenvolvimento de software, entre outros, foram grandes precursores do crescimento dos nômades digitais. A conectividade permite com que os profissionais interajam, criem e aprendam de qualquer lugar do mundo. Além de ferramentas de gestão para trabalho e organização, os cursos possibilitaram as aulas e capacitações a distância. Com a pandemia, o aumento na demanda por cursos online foi de 95% e, entre os cursos com maior procura, estavam os relacionados ao teletrabalho e equipes virtuais. Além disso, houve 55% de aumento na oferta de cursos criado por instrutores. As empresas também estão aderindo às ferramentas de cursos online e representam um aumento na procura em 80%. Isso não só fortalece a educação à distância, como também inspira os profissionais a compartilharem seus conhecimentos e técnicas para pessoas ao redor do mundo, outra possibilidade para os nômades digitais. A presença digital também é um fator importante, seja para encontrar clientes ou recrutadores. O próprio LinkedIn criou ferramentas para vagas remotas após sua pesquisa constatar que mais de 70% das buscas por vagas eram por trabalho remoto.

As plataformas low/no code também fortalecem esse movimento, já que profissionais e empreendedores digitais podem criar aplicativos e soluções para seus clientes ou contratantes de maneira mais fácil e prática. O Low-code movimentou cerca de US$ 13,8 bilhões em 2021 e, até 2024, mais de 65% dos softwares e aplicativos serão desenvolvidos em low-code, com um crescimento médio de 40% ao ano. Se quiser saber mais sobre isso, falamos bastante aqui e aqui.

Criptonômades

Dentro desse movimento de nômades digitais, há um novo grupo, os chamados “Criptonômades”. Eles possuem as mesmas características, a diferença é que eles usam as criptomoedas para receberem seu salário e pagarem as suas despesas. Os nômades digitais que viajam e vivem internacionalmente estão mais acostumados a ter que abrir novas contas bancárias a cada novo País que resolve morar, e por isso, reconhecem as vantagens de ter dinheiro “sem fronteiras” através das criptomoedas. O mundo das criptomoedas facilita um nômade digital, fortalecendo a ideia de ser descentralizado. Tem riscos, com certeza, mas os “criptonômades” entendem o cenário onde estão. Uns até negociam moedas outros, pelo contrário, fazem um hedge para não estarem sujeito às variações baseadas nas especulações das moedas, querendo apenas ter uma moeda única e universal..

A compra de cartões SIM locais e o pagamento por dados ajudam estes profissionais a se manter atualizados sobre os mercados voláteis, alguns optam pelas atualizações diárias de criptomoedas via mensagens SMS já que por e-mail o profissional fica refém de redes wi-fi. Esse movimento reflete no interesse de países e capitais, como por exemplo Buenos Aires, que está sendo considerada uma das principais referências da América Latina para os nômades digitais e tem o interesse em atrair investidores de Bitcoin para morar na cidade. Muitos países já reconhecem a atuação dos nômades digitais e criaram vistos de trabalho remoto não só para fortalecer, mas também para atrair estes profissionais, como Portugal, Dubai, Grécia, Alemanha e o próprio Brasil. 

Desprenda-se. Há novos jeitos de trabalhar

Como já conversamos aqui em pautas como Great Resignation e Aproveita A.I, o crescimento de profissionais com Burn-out, o “despertar”  das pessoas frente a qualidade de vida e produtividade, a tecnologia em prol de uma rotina mais inteligente e estratégica e o bem-estar como métrica de empresas para entender seus funcionários, influenciam e fortalecem novas maneiras de trabalhar e gerar resultados para negócios, clientes e empresas. Seja você um empreendedor, contratante ou profissional digital, desprenda-se de modelos tradicionais e entenda quais caminhos levam para um formato que faça sentido tanto para o seu negócio quanto para seus colaboradores e clientes. Cada vez mais veremos tecnologias que proporcionarão novos ambientes e interações virtuais, e estarmos presos a modelos tradicionais podem nos impedir de evoluir nossa interação social e produtividade à medida que a tecnologia avança. 

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