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Vende-se terreno no metaverso

Oportunidade de ocasião. Pagamento facilitado. Corretores de plantão.

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Um lugar no metaverso para chamar de seu

Com o “boom” do Metaverso do ano passado para hoje, muitos temas, reflexões, estratégias e oportunidades surgiram nas mentes de executivos e consumidores, desde o modo como trabalhamos, interagimos até a maneira como compramos e nos vestimos. Mas um tema que surgiu ao longo de 2021 e vêm ganhando destaque com um resultado milionário é a venda de imóveis nestes ambientes imersivos. 

De acordo com a CNBC, as vendas de imóveis virtuais no metaverso chegaram a US $500 milhões só no ano passado e podem dobrar este ano. Até o momento, as vendas de imóveis no metaverso se concentram em quatro grandes empresas, a Sandbox, Decentraland, Cryptovoxels e Somnium. Somente ​​nesse início de 2022 as vendas chegaram a US$ 83 milhões —  10 vezes mais do que o registrado em janeiro de 2021. De acordo com a MetaMetric Solutions, a projeção é de que a comercialização dos terrenos virtuais neste ano pode chegar a quase US$ 1 bilhão.

Terreno no Metaverso? Como faz?

Os terrenos virtuais são terras existentes em plataformas que já tem uma relação com o metaverso, como as que comentamos acima. A Decentraland e The Sandbox são as principais e estes “solos virtuais” ficam dispostos em seus mapas digitais divididos em lotes. Estas plataformas têm suas próprias vitrines online, mas também há pedaços de terras em marketplaces de NFTS, como o OpenSea (que já falamos aqui), ou seja, é possível comprar terrenos direto das plataformas ou no mercado secundário, sim, como se fosse um Zap ou Viva Real do mercado imobiliário virtual :).

Essa compra é possível porque cada terreno é negociado como um token não fungível (NFT), que funciona  como a escritura de um imóvel, mas com algumas diferenças: Não é um documento físico e não há necessidade de ir a um cartório para registrá-lo. Mas, por outro lado, muito cuidado, se você perder o seu Token… você pode perder tudo

Hype? Investimento? Bolha? Loucura?

Apesar de aparentar no mínimo esquisito ver empresas e pessoas adquirindo terrenos fictícios em um mundo virtual, existem grandes oportunidades de monetização e retorno destes investimentos.

Assim como nos terrenos físicos, os preços variam de acordo com escassez, localidade e tamanho. No The Sandbox, por exemplo, os preços dos espaços virtuais começam a partir de US $12 mil, e sem financiamento e nem crédito imobiliário 🙂

Já existem hoje empresas de arquitetura e até “incorporadoras” especializadas em real state, ou seja, mercado imobiliário, no metaverso. A Republic Realm por exemplo, foi responsável pela maior aquisição de uma propriedade no metaverso até então, adquirindo um imóvel da Atari por U$ 4.300.000,00. Além disso, criaram um projeto imobiliário exclusivo, a Fantasy Islands, que terá apenas 100 propriedades compostas por vilas em ilhas no Decentraland, fomos muito longe? Aqui na conta deles no Twitter eles explicam sobre o projeto, e a “oportunidade”, se assim podemos chamar 🙂

Pedro Santos, CEO da TripleA Games, compartilha a sua visão de que o metaverso é uma evolução da troca social que sempre tivemos, uma nova fronteira da comunicação social acompanhado da tecnologia: “Neste ambiente de interação social, você precisa estar bem posicionado. Assim como na internet ter um bom domínio de site, e-mail e uma boa tag nas redes sociais são importantes, no metaverso é a mesma coisa”. 

Além de ser possível comprar e vender a um preço maior no futuro, o usuário pode alugar o terreno para usuários ou empresas interessadas. A Tokens.com, companhia canadense focada no investimento em criptomoedas, anunciou que vai sediar a primeira semana de moda virtual em seu terreno no Decentraland. O terreno está localizado na Fashion District que seria como  a Quinta Avenida de Nova York. A empresa pretende alugar ou vender para marcas de luxo que queiram entrar na onda. A imobiliária especializada em ativos virtuais, Metaverse Group, também investiu na região e pretende atrair empresas da moda para eventos e lojas. Visão que não foge do comportamento de grandes marcas que estão entrando no metaverso, como Gucci, Adidas, Nike, Prada, entre outros…

Shopping Centers virtuais

Sim, pegando o gancho acima, podemos dizer que se você tiver um bom terreno, bem localizado, você pode até criar o seu próprio “Shopping Center” virtual e alugar espaço para marcas querendo vender, ou apenas engajar, com os visitantes dali. Acho que não precisamos dizer que aqui abre um espaço, oportunidade, ou até desafio, para grupos de Shopping Centers e E-commerces em entender quem será o grande agregador de audiência desse novo ecossistema. Já existem casos de usuários locando espaços, gerando buzz, e sublocando espaços para marcas surfarem aquele momento…

DisneyDecentraLand

Outra forma de monetizar é através dos games onde o proprietário pode criar jogos dentro de seu terreno e lucrar através de taxas para os usuários entrarem e terem a experiência. O conceito aqui, parecido com o que o Roblox introduziu, nos remete aos parques de diversões. Ou seja, criar espaços nos quais as pessoas podem entrar para se divertir, mas com jogos e atividades totalmente virtuais.

OOH no Metaverso

Se você ainda não está convencido que existem oportunidades para monetizar o seu possível novo pedaço de terra (ou nesse caso, pedaço de NFT), vamos falar de mídia out-of-home? Assim como no ambiente físico, onde você pode colocar um outdoor em sua propriedade e vender espaço publicitário, no metaverso é possível vender estes espaços publicitários para players e empresas. Um exemplo de players utilizando espaços publicitários no metaverso é o próprio Itaú, que em sua campanha de final de ano utilizou um outdoor na Cidade Alta, servidor de RolePlay da Outplay.

Phygital do Metaverso

Muito se fala no conceito de phygital ou omnichannel frente ao online (internet) e offline. Mas e o cruzamento do mundo offline com o Metaverso? Você poderia comprar um imóvel no mundo real e ele ser espelhado no virtual, ou vice versa? O Guilherme Sawaya da Cyrela, a maior construtora e imobiliária em receita e valor de mercado do Brasil, compartilhou aqui no Morse que já existe uma demanda nesta interação real e virtual onde um avatar de uma artista teria seu próprio apartamento para receber convidados virtuais e físicos. Já pensou artistas estarem em um mesmo apartamento mas em formatos diferentes? Uns virtualmente e outros fisicamente interagindo de maneira phygital. 

Buzziness 

Acho que agora deu para entender um pouco mais sobre as oportunidades de negócios no mercado imobiliário do metaverso. Mas você ainda deve estar pensando, mas será que em todos os casos fecha a conta? Mesmo nas transações milionárias? Fecha a conta? Bom, aí vale o conceito do buzziness, ou seja, fazer usar a repercussão da notícia (buzz) para fazer negócios (business). Com NFT, Metaverso e tudo relacionado estando em total evidência da mídia nos últimos tempos, o simples fato de uma empresa, ou marca, fazer um investimento relacionado ao assunto gera milhões de dólares em mídia espontânea e em alguns casos mexe até no preço das ações da empresa. Aqui podemos citar a própria Republic Realm que ganhou notoriedade global após ter feito, até então, a maior transação imobiliária no metaverso. Com o hype, e o buzz, a empresa aproveitou para alavancar novos negócios. Agora em Fevereiro anunciou um projeto de blockchain em parceria com a Atari (vejam só, a vendedora do terreno…). Além disso, em seu site, aproveitaram o fluxo de curiosos e criaram até uma newsletter paga (via substack) para monetizar os interessados em receber informações exclusivas relacionadas à essas oportunidades. Com certeza, o buzz + o business pagou essa conta de sobra…

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