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Tempo vs Atenção

Como um influencia e impacta o outro

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Ei, você aí, me dá um tempinho aí, me dá uma atenção ai

Para qualquer ser humano que habite a terra hoje em dia, conseguir o tempo e a atenção das pessoas está cada vez mais difícil, mais difícil até do que conseguir um “dinheiro aí”. Telas, conteúdos, games, algoritmos e plataformas fazem de tudo para que a atenção e o tempo sejam cada vez mais concorridos e fragmentados.

Se você já sofre com isso quando sai para jantar com seu date ou seus amigos e percebe que não consegue nem terminar uma frase sem perder a atenção alheia para os diversos “concorrentes de atenção”, imagine então o desafio de quem tem essa missão como profissão… E é por isso que o Morse Trends de hoje é uma homenagem à uma Profissão que tem hoje um dos maiores desafios da atualidade; mapear, entender e atrair o tempo e a atenção das pessoas, através de todas as possibilidades de canais e conteúdos disponíveis, com relevância e contexto, para encaixar uma marca dentro da rotina das pessoas, e tudo isso sem ser invasivo e ao mesmo tempo sendo eficiente para trafegar entre as inúmeras métricas e KPI’s que surgem a cada dia. Esse é o desafio de ser Profissional de Mídia em uma agência hoje em dia, seja ela online, offline, ou “any other line”. E por isso que seu trabalho tem o seu próprio dia, sendo comemorado no dia 21 de Junho.

Você concorre com quem?

Nas metodologias tradicionais de marketing e produto é fundamental você listar os seus concorrentes, elencar seus diferenciais competitivos etc… Mas no digital, a verdade é que você compete com todo mundo! Todos estão competindo pela atenção de suas audiências. O seu negócio pode estar competindo com uma empresa de um segmento completamente diferente, mas que precisa se comunicar com a sua mesma persona. E pode colocar nesse pacote todos os influenciadores e criadores de conteúdo que também competem por essa atenção. 

Regra dos 3 segundos 

No Morse Trends ‘Até 1 minuto’ já abordamos um pouco deste tema e falamos sobre os efeitos dos vídeos curtos no consumo do conteúdo influenciados pela ascensão do TikTok. O tempo de 1 minuto pode até ser o limite máximo do seu vídeo, mas será durante os primeiros segundos que você conquistará a atenção, curiosidade e interesse da sua audiência. A regra dos 3 segundos é uma boa prática conhecida pelos criadores de conteúdo no TikTok. A lógica é simples, você precisa criar uma experiência, comunicação e fala que prenda a atenção nos primeiros segundos e estimule com que seu público continue vendo o conteúdo. É claro que táticas de atenção são importantes, principalmente quando falamos de conteúdo, anúncios e mídia, mas será que só consumimos dessa maneira? 

Mas será mesmo? 

No último Morse Trends ‘Nicho e Redes Sociais’ falamos sobre como os conteúdos que já eram nichados estão se tornando ainda mais nichados, e a verdade é que isso influencia todo este consumo de conteúdo e atenção. Imagine que você gosta muito de um determinado tema ou assunto e tem seus criadores favoritos na rede social. Toda vez que este criador publica algo é natural que a atenção se volte para o seu conteúdo, seja por curiosidade, interesse ou pela própria credibilidade/autoridade que aquele criador (ou empresa) tem para você. Existem muitos criadores de conteúdo que bombam nas redes sociais sem fazer vídeos curtos e que despendem um longo tempo aprofundando suas falas e comunicação. Fora isso, existem diversas maneiras de você criar experiências significativas para o seu público, seja entendendo seus diferentes momentos de compra, diversificando seus formatos de conteúdo e mídia, e principalmente criando contexto. 

Tempo vs Atenção

Voltando ao começo de nossa conversa, falando sobre os desafios que temos, mesmo na vida pessoal, de conquistar e reter tempo e atenção, quantas e quantas vezes não ficamos chateados ao perceber que a pessoa que está conosco, na verdade não está 100% conosco, e que sua atenção está divida entre nós e diversas outras distrações? Mas será que a busca pela atenção integral das pessoas é o ideal? Ou melhor, será que é necessário e, pensando em negócios, será que vale o investimento?

Recentemente acompanhamos, inclusive com notícias aqui no Morse, os desafios da Meta em criar o seu próprio metaverso, e o quanto o projeto não decolou como Zuck imaginava… Sem querer parecer engenheiro de obra pronta, ou mesmo nos colocar na posição de criticar uma das maiores mentes do mundo digital mas, independente de qualquer desafio tecnológico ou de negócios, criar um metaverso engloba o maior desafio dentro do contexto de nossa pauta, e dos dias de hoje, pois você precisa do tempo, por um período razoavelmente longo, e da atenção integral das pessoas, já que você pretende levá-las para um “outro universo”. Deixando mais simples, você não pode estar no metaverso do Zuck enquanto está na academia, enquanto está cozinhando ou fazendo qualquer outra atividade cotidiana necessária. Você precisa que as pessoas abram mão do tempo delas, dentro de suas rotinas, para “brincar com Zuck” no mundo dele. Algo diferente de um podcast  por exemplo, que tem o racional justamente oposto, pois não apenas permite essa “multifunção” mas muita vezes até explora essas possibilidades como forma de se encaixar na rotina das pessoas. Não a toa, Podcasters têm mais influência do que influenciadores nas redes sociais. Aqui mesmo no Morse temos explorado essa pauta com o Morse Audio News, já conhece?

Criando seu próprio tempo

O tempo é sem dúvidas o recurso mais escasso do mundo, pois ele é finito em todas as suas análises, seja de forma mais pragmática nas horas do dia, seja no nosso próprio tempo de vida. Desta forma, qualquer atividade ou negócio que demande o tempo das pessoas, passa a concorrer não apenas com seus competidores diretos, mas com o contexto muito mais amplo que passa por outros negócios, atividades, hobbies etc.

Pensando nisso, muitas marcas e negócios começam a entender como criar ou mesmo hackear o tempo, e o componente atenção entra de forma importante nessa equação. No mês passado, à convite do GCP, Time de Cloud do Google (obrigado!), estivemos em New York para algumas reuniões e apresentações, dentre elas a da Waymo, operação de carros autônomos da Alphabet, dona do Google. Ao olhar um carro autônomo pensamos rapidamente no mundo da mobilidade e da logística, certo? Sim! Com certeza. Mas já parou para pensar que trata-se também de uma operação que cria tempo e atenção? Quantos bilhões de horas as pessoas gastam no mundo dirigindo? Atividade que teoricamente deveria demandar quase que 100% da atenção das pessoas. Agora, se o carro dirigir sozinho, temos aqui bilhões de horas sendo “colocadas no mercado”. Quanto vale isso? E quanto vale isso para  empresas como o próprio Google, que monetiza muito bem o recurso tempo e atenção.

Mas se o seu negócio não tem bilhões de dólares disponíveis para investir em carros autônomos, ou qualquer outra máquina de “criar tempo”, aqui ficam duas dicas, ou pelo menos sugestões: se desafie a entender como “hackear”, no bom sentido, o tempo e a atenção das pessoas, e também tente rever a sua necessidade de atenção 100%. Adaptar o seu produto, serviço ou comunicação, para que ele não precise da atenção total das pessoas, e quem sabe até estimular que isso possa ser feito de forma combinada com outras atividades dos seus clientes e potenciais clientes acaba sendo uma forma mais fácil de entrar na rotina e ganhar um pouco de tempo e atenção.

Por fim, não poderíamos fechar esse Morse Trends sem deixar um “muito obrigado” pelo seu tempo e sua atenção, não apenas hoje, mas também em todos os nossos outros pontos de contato ao longo destes anos. Escrevendo o Morse de hoje não pudemos deixar de refletir o quão valioso é ter a oportunidade de nos encaixar na rotina de cada um de vocês, e o quanto nos deixa orgulhosos e felizes de saber que somos relevantes na jornada de pessoas e profissionais como vocês. Obrigado 🙂



O Morse Trends de hoje foi elaborado em parceria entre o Morse e a Hands como forma parabenizar os Profissionais de Mídia, que tiveram o seu dia comemorado esta semana, no dia 21 de Junho, e que são justamente os profissionais com o maior desafio de equilibrar a equação tempo e atenção no mundo dos negócios.

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