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Economia Fandom: A relação entre fãs e entretenimento

E como as marcas podem aproveitar o movimento

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Você é fã do que? Seja um esporte, uma banda, uma série, um jogo ou simplesmente um estilo de vida, somos todos fãs de algo. E ser fã não é só ter uma grande apreciação por aquilo, mas de fato se envolver com o assunto, entrar em uma comunidade com pessoas que tem essa mesma apreciação, se envolver com marcas que também estão interligadas com o assunto, procurar as melhores formas de aproveitar aquilo no qual você é fã. E é justamente para esse comportamento que profissionais de marketing estão de olho. Parece óbvio e sempre existiu. Mas o chamado “fandom” está sendo abordado pelas empresas como um movimento cada vez maior de comunidades que surgem por conta da união de paixões e sentimento de pertencimento. A economia fandom é um conceito que descreve a relação econômica entre os fãs e as obras de entretenimento que eles consomem e apreciam. Ela se baseia na ideia de que os fãs são mais do que simples consumidores passivos de cultura pop, mas sim uma comunidade ativa e engajada que pode ter um impacto significativo na economia criativa.

Dos streamers ao TikTok

A economia fandom percorre diversos segmentos, mas a cultura pop e entretenimento vêm se destacando nos últimos anos por conta da ascenção e crescimento do universo gamer, comunidades dos streamers e as franquias de jogos e séries. Já falamos por aqui em ‘Um novo entretenimento’ o quanto os streamers estão transformando o entretenimento através das suas comunidades engajadas e fiéis,  batendo recordes, chamando a atenção de marcas e invertendo a lógica de transmissão de conteúdos. A rede social é o ambiente de encontro onde as comunidades trocam opiniões, informações e se divertem. A comunidade de creators só impulsionam esse movimento e games e séries estão aproveitando. O título ‘The Last of Us’ do PlayStation ganhou uma série recente na HBO Max neste ano. O último episódio da primeira temporada simplesmente atingiu 8,2 milhões de expectadores ao redor do mundo. A hashtag #thelastofus atingiu mais de 12,3 bilhões de visualizações. O conteúdo? Fãs compartilhando suas cenas favoritas, seus comentários, análises, críticas e também memes (é claro!). 

Compras ou entretenimento? 

Um dos setores que mais se beneficiam da economia fandom é o de merchandising. Produtos como camisetas, bonecos, pôsteres e outros itens colecionáveis relacionados a obras de entretenimento têm se tornado cada vez mais populares entre os fãs, e a demanda por eles tem crescido exponencialmente. Os criadores também se beneficiaram (e muito) com o movimento fandom, já que são eles que movimentam boa parte do conteúdo e interações geradas dentro dessas comunidades. São eles que fazem a conexão de marcas e comunidades. Já comentamos aqui sobre a atuação do Gaules na ativação de marcas e entretenimento. O diretor de produtos da Shopify, Amir Kabbara, definiu o último ano como o ano em que “a linha entre compras e entretenimento se confunde”. Os avanços tecnológicos tornaram o conteúdo comprável mais prevalente do que nunca e a economia do criador parece pronta para deixar sua marca no setor de varejo. Isso só estimula com que as marcas se questionem como elas podem aproveitar esse movimento. 

Um tema que também já trouxemos por aqui é a tecnologia dos Fantokens, que cresceu com a Copa do Mundo, atingindo cerca de US$ 300 milhões em volumes médios diários de negociação só em novembro. Os Fans Tokens se tornaram um verdadeiro mecanismo para popularizar o ecossistema de cripto e a tecnologia da blockchain para dentro da realidade do torcedores, que são comunidades extremamente engajadas e fiéis.  O clube utiliza os fans tokens como ferramenta para engajar seu torcedor, de iniciativas simples à grandiosas. Quando os clubes emitem um fan token e fazem a venda inicial para o mercado, uma parte desse valor fica no time, é assim que os clubes lucram com os tokens. E as marcas também estão juntas nesse ecossistema, já que podem oferecer diversos benefícios e parcerias como forma de entrar nestas comunidades. 

Encontre as suas comunidades de fãs 

Nesse sentido as marcas estão explorando uma narrativa transmídia como forma de se conectar com fãs de diferentes comunidades e seus espaços de lazer. Apesar do movimento ‘Fandom’ estar diretamente ligada com a cultura pop e entretenimento, a forma como a sua marca pode encontrar e se relacionar com comunidades de fãs é variada! Afinal, todos nós somos fãs de algo. E esse “algo” pode ser uma oportunidade para sua marca se relacionar. Seja você uma marca de roupas que quer se relacionar com fãs de corrida, ou uma marca de cosméticos que quer se relacionar com fãs da moda que acompanham por exemplo tendências do “Fashion TikTok”. Seja qual for a comunidade, uma boa estratégia de comunicação, interesse real e autêntico, poderá gerar frutos importantes dentro dessas comunidades de fãs engajados e fiéis, e bons negócios podem surgir! 


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