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Olá, me chamo Samara…

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Se você é da época em que tudo era mato na internet, provavelmente recebeu um email contando uma história terrível de uma garotinha que foi assassinada. Depois, recebia a ~sugestão~ de encaminhar a mensagem para 10 amigos, senão, o fantasma dela aterrozaria a sua vida. Tinha também aquele que prometia sorte no amor, se você continuasse a corrente de envios. Ou então fortuna pelo resto da vida. Sim, as correntes são “coisa velha”. Mas não dá para negar que elas explodiram na internet, aparecendo em quase toda caixa de entrada aberta neste planeta chamado Terra.

Reconhecendo e reproduzindo padrões

Por que a gente já gostou tanto dessas correntes? Bem, a explicação está na nossa personalidade. Veja só, superstições fazem parte do ser humano. Elas têm origem na nossa capacidade biológica de reconhecer padrões e reproduzí-los. O envio e a permanência das correntes, por tantos anos, está relacionado à nossa vontade de ter controle: ao encaminhar o e-mail da Samara, nos permitimos acreditar que podemos comandar o futuro. Ou, pelo menos, nos prevenir do pior. É como uma prece, uma reza, mas sem santo.

O que nos faz humanos?

Na última década, algumas coisas mudaram no nosso comportamento online. Exemplo disso são os memes irônicos que enviamos para os amigos ou postamos em nossos perfis. As correntes de texto nunca deixaram de existir, mas, hoje, são enviadas porque são divertidas ou porque nos engajamos em seu conteúdo. Não existe mais a ideia de controle, da exigência de uma ação para que tracemos o nosso fututo. No Facebook, por exemplo, postagens semelhantes às correntes proliferam, geralmente terminando com algo como “compartilhe se você concorda”. Elas repassam exclusivamente os pensamentos de outra pessoa. Hoje, a nossa participação nesse movimento tem a ver com o ato de compartilhar. E compartilhar é uma das coisas que nos torna humanos. Nada mais de ameaças.

Mas não custa tentar: se você encaminhar esta newsletter para 10 amigos, prometemos boas informações e histórias todas as segundas.

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