Ghost Interview
GHOST INTERVIEW #12 | Runkeeper: ao som da corrida disparada
Construir um aplicativo baseado num uso único pode parecer pequeno, mas ele é baseado no hábito das pessoas, o que permite que a gente veja padrões e crie produtos melhores, e então, ganhar escala.
(Palestra coberta pela Gigaom em 20 de março de 2014)
Começamos pela tecnologia de localização, que nos dá dados precisos como distância, passo e elevação. Essas informações dão chance de calcular perda de caloria e quanto de esforço foi feito durante o exercício.
Os dados de localização também fornecem contexto da área que a pessoa está: quem mais está por perto, as rotas que o usuário segue e o desempenho de determinados caminhos se compara com outras vezes que ele já correu ou andou por ali.
Existem aplicações potenciais interessantes também. Se a gente sabe que o tênis de corrida devem ser trocados a cada 500 milhas e um usuário registrou que correu 450 milhas, daria para a gente oferecer um desconto para o próximo par de tênis. E não seria ótimo se o cupom fosse de um varejista que fica a três quarteirões da casa deles?
À medida que a tecnologia de localização se torna mais poderosa e a transmissão de dados de localização torna-se sem atrito e totalmente integrada a aplicativos que não conheciam o local no passado, as ramificações são enormes. As empresas podem ser muito mais conscientes sobre a forma como fornecem serviços e funcionalidades específicas de pessoas. Isso pode se aplicar a preparo físico, viagens, logística e transporte. Existem muitas aplicações diferentes para essa tecnologia.
(Entrevista ao site Radar em 25 de janeiro de 2011)
Se nós sabemos que o usuário irá correr 10 milhas amanhã, a partir de análise do uso, se temos também os dados da agenda e sabemos que pode chover em algum horário na localização do usuário neste dia, poderíamos juntar essas informações e enviar uma mensagem “Hey, parou de chover e você tem um tempo livre, agora pode ser um bom momento para aquela corrida de 10 milhas, não?’. Daria um pouco de medo no primeiro momento, mas seria uma ferramenta poderosa se utilizada para o bem.
(Entrevista a MobiHealthNews, 10 de março de 2014)
Quando olhamos para frente, parece claro que as marcas de fitness do futuro não farão apenas produtos físicos, mas vão se incorporar à jornada do consumidor de forma a ajudá-los a manter as pessoas motivadas, o que ajuda a maximizar o aproveitamento do esporte. Ao juntar essas duas peças, de plataforma digital de fitness e uma marca mundial de produtos, dá para construir uma nova marca fitness que tem um relacionamento mais profundo, transparente e aberto com os usuários. Sem contar que dá chance para a marca conversar com eles numa maneira mais personalizada.
Fechar essa parceria com a Asics faz todo o sentido, nesse cenário. Sem contar que a gente sabe que os tênis da Asics são os que os usuários do Runkeeper mais usam para correr.
(Post em sua página oficial do Medium de 12 de fevereiro de 2016)
Ainda não tenho certeza no longo prazo se quero lançar uma outro negócio, ou entrar em uma empresa ou ajudar uma companhia a ganhar escala, ou começar um fundo de investimento, ou me juntar a um fundo de investimento, ou fazer algo completamente maluco, tipo, me candidatar a um cargo político. Tudo que sei é que eu quero ter o maior impacto que puder na descarbonização [diminuição da emissão de carbono] e em assegurar a vida no planeta para as próximas gerações.