Ghost Interview
GHOST INTERVIEW #11 | No telefone de Marissa Mayer
Eu gosto de ser data-driven, mas eu não ignoro o instinto humano da decisão. O meu processo decisório, muitas vezes, é de me afundar nos dados, entendê-los muito bem, e, só assim, bem informada, decidir baseada no instinto.
(Podcast Masters of Scale, 8 de agosto de 2018)
O número de smartphones triplicou nos últimos cinco anos, ou seja, o Mobile é uma mudança vinda dos usuários para a indústria. Mas volto um pouco para a pesquisa online, o mais interessante é que as pesquisas online antes eram algo que acadêmicos e pessoas curiosas faziam, depois se tornou um hábito diário. E eis a questão do Mobile: o que as pessoas fazem em seus smartphones tendem a se tornar hábito diário mais rápido. E, quando estamos lidando com os hábitos diários, temos oportunidade de adicionar muito valor para o usuário final.
O Mobile também traz uma grande oportunidade na área de personalização do conteúdo. Se você junta o que as pessoas postam, os sites que ela entram com a geolocalização e os contextos de atividade dá para criar uma personalização muito interessante. É tudo uma questão de ordenar essas informações.
Tudo o que temos de evolução tecnológica hoje em dia: reconhecimento de imagem, de voz, de outras línguas – para tradução – são tecnologias importantes cujo foco principal é entender o contexto do usuário. O passo agora é acrescentar essas informações à personalização.
Nesse sentido, acredito que o mais incrível que tenho visto com relação ao Mobile tem sido o fato de ele ser sensível à geolocalização. Algumas tecnologias são bem básicas, mas se você realmente sabe onde as pessoas estão e onde elas costumam ir, os insights que saem disso podem ser bem sofisticados.
(Entrevista dada ao Fórum Mundial Econômico, em 15 de fevereiro de 2013)
Uma internet personalizada é uma internet melhor. Para chegar lá, nós precisamos ter transparência e apoiar o controle individual. No final das contas, se resume a fazer com que os usuários entendam como os seus dados estão usando para que eles compreendam o que estão ganhando em troca. É um grande trade-off. Algumas pessoas têm dificuldade de entender que é um trade-off porque alguns grandes players não estão sendo transparentes o bastante.
(The Drum em 23 de janeiro de 2015)
Quando entrei no Yahoo! em 2012, eu sabia que passaria muito tempo em ajudar a empresa a levar os produtos e transacioná-los do desktop para o Mobile. Tiveram momentos no começo dos anos 2000 que as pessoas não entendiam onde o Yahoo! acabava e a internet começava. O que tornou muito mais difícil para fazer a transição, porque é difícil mudar os meios, mas continuar com o mesmo pensamento. A mídia está muito mais fragmentada hoje em dia, então é complicado manter esse pensamento.
(Entrevista à Bloomberg, em 4 de agosto de 2016)
Eu tenho orgulho de tudo que fizemos. Eu acho que, no final, todo o time e a empresa tiveram que passar por uma situação muito dura. Nós demos resultados bons para os acionistas, tivemos bons números para os anunciantes, usuários e funcionários.
Nós estávamos reconstruindo algo que sabíamos que tinha funcionado antes, e que, de alguma forma, deveria voltar a funcionar novamente. Isso dito, eu digo que um dos meus maiores aprendizados no Yahoo! foi que o timing é tudo.