Morse News
As novidades do mundo de IA & a instabilidade do TikTok nos EUA
Gupy volta às compras e adquire HRTech Pulses
Destaque:
Comissão da Câmara dos EUA aprova projeto de lei que dá poder a Biden para banir TikTok
O Comitê de Investimento Estrangeiro nos Estados Unidos (CFIUS), um poderoso órgão de segurança nacional, em 2020 recomendou de maneira unânime que a ByteDance alienasse o TikTok por temores de que os dados do usuário pudessem ser repassados ao governo da China. O TikTok e o CFIUS negociam há mais de dois anos requisitos de segurança de dados. O aplicativo disse que gastou mais de 1,5 bilhão de dólares em rigorosos esforços de segurança de dados e rejeita as alegações de espionagem. Os parlamentares aprovaram por 24 a 16 uma medida para conceder novos poderes ao governo para proibir o aplicativo de propriedade da ByteDance, usado por mais de 100 milhões de norte-americanos, como outros aplicativos considerados riscos à segurança.
Hoje, mais da metade dos trabalhadores não confiam na IA no trabalho, segundo um estudo global da consultoria KPMG em parceria com a Universidade de Queensland, na Austrália. Mas o Brasil é um dos países mais confortáveis com o tema. A maioria (55%) se sente confortável com o uso da IA no trabalho para automatizar tarefas na tomada de decisões gerenciais – inclusive, as pessoas preferem que a tecnologia esteja envolvida a uma tomada de decisão unicamente humana, mas ainda querem que os humanos mantenham o controle.
O estudo da Deloitte, o Tech Trends 2023, aponta que a expansão da IA, agora com aplicações práticas e ferramentas que materializam seu uso, como é o caso do ChatGPT, por exemplo, trará um impacto direto em ecossistemas e arquiteturas descentralizadas. O grande desafio mapeado pela Deloitte, no entanto, ainda é a falta de mão de obra especializada, sobretudo de profissionais que consigam aplicar o potencial da tecnologia aos negócios e processos de transformação digital. Ainda que, muitas vezes, seja tratada como futuro, IA já é realidade de muitas empresas: estima-se que mais de 40% de companhias globais tenham seus negócios impactados. De acordo com estudo da Tortoise Media, o Brasil está em 39° lugar quando o tema é implementação, inovação e investimento relacionado à IA. Uma métrica importante, sobretudo, considerando o quanto a tecnologia movimentará de recursos nos próximos anos.
Em quatro ciclos de Carnaval, o Blocos de Rua foi de 100 mil para 4,2 milhões de usuários. Apenas neste ano, 1,5 milhão de pessoas já usaram a plataforma antes da festa ter início, e Frazão estima que cerca de 3 mil blocos foram cadastrados. Disponível para Android e iOS, o Blocos de Rua disponibiliza a programação dos blocos por data, com informações sobre o itinerário, a expectativa de público e o horário do cortejo. A plataforma conta com patrocinadores para monetizar o modelo de negócio. Ao longo dos anos, Trident, Rappi, Amstel e Devassa já apostaram na ideia em troca de visibilidade. Em 2023, os patrocinadores foram Beats e Cheetos.
Tecnologia:
A empresa está disponibilizando o Whisper, seu modelo de conversão de voz em texto com inteligência artificial, para uso por meio de uma API e fazendo algumas alterações importantes nos termos de serviço do desenvolvedor. A OpenAI diz que sua API ChatGPT pode ser usada para mais do que apenas criar uma interface de bate-papo com inteligência artificial – embora também destaque várias empresas que a usam para esse fim, incluindo o recurso My AI da Snap, anunciado no início desta semana e explicado aqui mais abaixo. A empresa diz que sua nova família de modelos, chamada gpt-3.5-turbo, é o “melhor modelo para muitos casos de uso não relacionados ao chat”.
Zendesk introduz recurso que prevê momento adequado de mandar mensagem ao cliente
O recurso chamado ‘Mensagens Proativas’ da Zendesk foi criado para interação de marcas com consumidores em canais de atendimento por mensagens. O recurso de inteligência artificial (IA) é capaz de prever o momento oportuno de falar com o cliente, iniciando conversas antes que ele procure a empresa. Por meio da ferramenta, as marcas podem fornecer suporte proativo, por autoatendimento com chatbot ou direcionamento a agente humano. Para mandar as mensagens, ela se baseia em eventos do usuário e seu histórico de interação. Por exemplo, quando há um atraso na entrega de um produto, o agente ou chatbot manda mensagem, avisando o cliente o que houve, antes que ele precise entrar em contato. O recurso permite se antecipar a possíveis problemas, evitando que questões simples sejam passadas para agentes de atendimento. Assim, estes podem se dedicar a questões mais complexas.
Big Techs:
A inteligência artificial avançada pode ajudar a desbloquear novas oportunidades de negócios para as operadoras de telecomunicações a partir de dados e insights sobre suas operações – incluindo o lançamento de redes 5G de alta velocidade -, disse a empresa. “O que estamos fazendo é pegar nosso trabalho de nuvem nativa e torná-lo específico para este espaço de rede de operadora de telecomunicações. Acho que um ótimo exemplo disso é todo o trabalho de operações de inteligência artificial que estamos introduzindo no sistema”, disse Jason Zander, vice-presidente executivo de missões estratégicas e tecnologias da Microsoft.
Redes Sociais:
O “My AI” foi treinado para ter um tom divertido e alegre e será capaz de oferecer ideias criativas como possíveis presentes para aniversário de um amigo ou escrever um poema sobre um determinado tópico, disse a Snap. A empresa disse que o chatbot é “propenso a alucinações” e pode ser levado a dizer qualquer coisa, acrescentando que os usuários não devem confiar no bot para obter conselhos.
O novo departamento será liderado por Ahmad Al-Dahle, vice-presidente de IA e aprendizado de máquina da Meta, que teve uma experiência de 16 anos na Apple antes de ingressar na companhia de Zuckerberg. A reorganização vai permitir que os modelos de linguagem e imagem criados pela empresa sejam integrados mais rapidamente aos seus apps. “Temos muito trabalho fundamental a fazer antes de chegar às experiências realmente futuristas, mas estou animado com todas as novas coisas que construiremos ao longo do caminho”, escreveu o CEO em um post no Facebook.
Games:
Aquisições no setor de games movimentam US$ 118 bilhões em dez anos
Segundo um estudo feito pela consultoria Bain & Company, o setor irá atingir uma receita global de US$ 307 bilhões (R$ 1,6 trilhão) em 2027. A taxa de crescimento anual composta (CAGR) é de 9% ano a ano. Em seu relatório, a consultoria afirma que uma das estratégias de crescimento para os próximos anos será a atividade de M&A (fusões e aquisições), principalmente por empresas de tecnologia. No ano passado, negócios de M&A movimentaram US$ 95 bilhões (R$ 496,45 bilhões) no setor, conforme relatório da consultoria. As três principais negociações foram da Microsoft pela Activision, por US$ 68,7 bilhões (R$ 359 bilhões), da Take-Two pela Zynga, por US$ 12,7 bilhões (R$ 66,4 bilhões), e da Sony pela Bungie, por US$ 3,6 bilhões (R$ 18,8 bilhões). Em quase uma década, entre 2014 e 2023, os maiores negócios de M&A do setor movimentaram cerca de US$ 118,5 bilhões (R$ 619,2 bilhões).
M&As:
Um ano após aporte, Gupy volta às compras e adquire HRTech Pulses
Em janeiro de 2022, a Gupy fez história ao receber o maior investimento que uma HRTech já captou na América Latina. O cheque de R$ 500 milhões, liderado por Softbank e Riverwood, foi logo aproveitado no M&A da Kenoby, sua principal concorrente na área de recrutamento e seleção. Agora, um ano depois, a companhia está de volta às compras com a aquisição da Pulses, plataforma catarinense de gestão de pessoas. A Gupy, que nasceu com uma atuação voltada a recrutamento e seleção, e depois avançou para admissão e educação corporativa, decidiu entrar também no segmento de gestão de pessoas, que engloba clima e engajamento. Como já conhecia a Pulses na prática, aproveitou para reforçar os laços entre as empresas por meio da aquisição. Fundada em 2016, a Pulses usa people analytics para ajudar gestores e profissionais de RH a mensurar e criar estratégias para clima e cultura organizacional, além do engajamento dos colaboradores e employee experience. O intuito é ajudar empresas a reduzir o turnover e alavancar os resultados do time, apoiando a criação de planos de ação assertivos com base em dados e insights automatizados.
Com a transação, os quase 30 colaboradores da FolhaCerta serão totalmente absorvidos pela Flash e o fundador, Marcos Machuca, seguirá no negócio. Com isso, o quadro de funcionários da Flash deve chegar a 700 pessoas. A integração de equipes e da plataforma ocorrerá nos próximos meses. Os mais de 100 mil usuários irão passar por um processo de transição gradual no mesmo período. Esse é o 2º M&A da história da Flash. Há pouco mais de 6 meses, a companhia adquiriu a ExpenseOn, atual Flash Expense, e entrou no mercado de despesas corporativas. Antes disso, a startup lançou o programa Flash Pontos, em que os reais alocados na conta do usuário são transformados em pontos, que por sua vez podem ser distribuídos entre os benefícios disponíveis.
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