Já que o assunto é streaming, aqui vai outro tema polêmico a respeito do formato. Serviços de assinatura que possuem uma versão freemium (como os de música) sempre ficam numa corda-bamba entre investir no modelo de assinatura ou focar na receita vinda através dos anúncios apresentados aos usuários da versão gratuita. Ainda não temos resposta para essa dúvida, mas um estudo divulgado pela Pandora, empresa americana que oferece um streaming de música, pode contar alguns indicadores importantes para entender essa dinâmica.
Na mesma
Um grupo de pesquisadores da empresa organizou os usuários do serviço gratuito em nove grupos, oferecendo diferentes quantidades de anúncios para cada por cerca de um ano. O resultado: quem via mais publicidade era mais inclinado a pagar pelo serviço. Porém, a cada nova assinatura que o Pandora ganhava, ele perdia três ouvintes da opção freemium — o que acabava prejudicando sua vertical de publicidade. Ou seja: nada mudou.
Mas pode
Um dado muito válido apresentado pelos pesquisadores mostrou que o nível de abandono da plataforma era menor em usuários impactados com anúncios altamente personalizados (um publi criado para, por exemplo, pessoas de 20 a 24 anos que moram em São Paulo e ouvem rap). De acordo com a própria Pandora, ela ainda não tem demanda suficiente de anunciantes para colocar anúncios 24/7 disponíveis para diferentes públicos. Porém é um caminho que pode ser trilhado no futuro.