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Ser vulnerável virou KPI

Em busca de autenticidade e conexão, as marcas precisam perder o medo de se abrir e se expor

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Imagine você chegando no primeiro date com alguém. Provavelmente está com aquele frio na barriga sem saber se vai ser bacana, se vai dar certo, se a pessoa vai ser interessante, se você vai ser interessante para a outra pessoa. Bom, o date começa e tudo é perfeito. A pessoa faz exatamente o que é “esperado” de um primeiro encontro, quase que seguindo um roteiro ou script, e tudo o que você faz também parece ser perfeito para ela. Mas será que era isso mesmo que você esperava? Sem nenhum deslize, nenhuma discordância, nenhum tropeço, será que você vai conseguir conhecer mesmo a pessoa ou vocês estão apenas interagindo com uma imagem que quiseram passar para impressionar um ao outro? Ou então, imagine você entrevistando alguém para uma oportunidade de trabalho e a lógica segue a mesma, tudo é perfeito e parece que foi tirado de um playbook, ou de uma resposta do ChatGPT, de como se sair perfeitamente bem em uma entrevista. Quem nunca ouviu a frase “meu defeito é que foco muito no trabalho” e pensou, sério!?

Se isso tudo é estranho na relação entre pessoas, gerando uma falta de intimidade, conexão e até uma certa desconfiança, o mesmo acontece na relação entre marcas e consumidores. Porém a ficha demorou para cair, e muitas marcas ainda buscam “o date perfeito” com seus consumidores, que na verdade já estão de resenha com outras formas de conexão. A “Família Doriana” começa a dar espaço para o pão na chapa com dancinha gravado de pijama no TikTok, com cabelo bagunçado de quem acabou de acordar mas que transmite para os consumidores que a marca foi feita para o dia a dia real, e que também tem seus perrengues…

Em um mundo onde a concorrência é acirrada e as redes sociais se tornaram um campo de batalha para a atenção dos consumidores, a autenticidade é uma forma de se destacar e criar conexões mais profundas com o público. Mas o que antes era considerado apenas um “diferencial”, hoje se tornou uma estratégia fundamental quando olhamos para as marcas e creators do mundo digital. De memes a bordões, de vídeos a podcast. A autenticidade está marcando a atual e próxima geração de conteúdo…

É quase cômico o quanto as empresas e profissionais ficam confusos de como adotar o TikTok em suas estratégias de marketing. Isso porque o pilar de autenticidade é peça fundamental da plataforma. Tudo que é forçado, muito produzido, com pouca autenticidade e espontaneidade é motivo para “flopar”, ou seja, não atingir um nível de visualização relevante. Alguns anos atrás isso não faria o menor sentido. Como não investir muito em produção? Na melhor luz? Na melhor celebridade para propaganda? Como assim meus próprios colaboradores podem se tornar creators representando a minha marca?

As marcas que estão crescendo de forma relevante no TikTok por exemplo, são marcas que aprenderam a adotar uma comunicação autêntica, através de creators parceiros ou até produção própria com seus colaboradores. Existem inúmeros colaboradores explorando a plataforma, seja divulgando produtos ou criando vídeos de rotina como por exemplo esse de uma funcionária do Starbucks.  

Além de mencionar a marca em questão, os colaboradores te convidam a conhecer e entender suas rotinas, bastidores do trabalho e percepções sobre a empresa. E os resultados são grandes…Os vídeos ganham visualizações altas (muitas vezes até maiores que a própria marca) e chamam a atenção do público, que se engaja para saber mais sobre o trabalho na empresa.

O Podcast é outro formato e “plataforma” que cresceu muito nos últimos anos, tanto globalmente quanto aqui no Brasil. Somos o terceiro país que mais ouve podcasts no mundo e por aqui temos podcasts em destaque que nos ensinam muito sobre comunicação autêntica. Um exemplo disso é o PodPah, podcast voltado ao entretenimento que reúne mais de 6,5 milhões de seguidores só no youtube. A autenticidade no podcast virou quase um requisito, afinal, quando os criadores de conteúdos são autênticos, eles conseguem criar uma conexão mais forte com seus seguidores, que se sentem parte das interações e da jornada. Quem nunca curtiu tanto um creator que começou a sentir uma proximidade muito maior? Ou curtiu tanto uma entrevista que se sentiu parte dela?

Mas é possível ser autêntico sem ser vulnerável? 

E isso é um ponto interessante…Antigamente, as empresas podiam se dar ao luxo de serem impessoais e distantes de seus clientes, mas hoje em dia, essa abordagem simplesmente não funciona mais. A marca precisa se desfazer de suas crenças limitantes em relação a esse contato mais próximo, e isso significa sim se expor mais, humanizar mais, ter trocas reais e abrir mais de sua realidade para uma conexão real e próxima com os consumidores. A vulnerabilidade passa a ser um item na criação de conteúdo, onde creators e marcas ultrapassam barreiras e criam seus próprios jeitos de se conectar e gerar conteúdos e interações autênticas com suas audiências. 

E a pauta de hoje do Morse Trends não para por aqui, o papo vai continuar, ao vivo, em um painel no MMA Impact Brasil 2023, com os fundadores do PodPah falando sobre a produção de conteúdo, comunicação e os planos para o podcast que se tornou um hub de comunicação autêntica. O evento acontecerá nos dias 11 e 12 de abril e quem acompanha o Morse tem um desconto especial de 15% utilizando o código MORSE15 e acessando por aqui. Além disso, vamos sortear um ingresso entre aqueles que compartilharem este conteúdo no Linkedin ou no Instagram marcando nosso perfil. Bora!! 🙂  

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