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Predictable Vending Machine

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Enquanto a gente está em casa, o mundo de delivery está crescendo exponencialmente – é alta em downloads, aceleração de iniciativas por parte de empresas de diversos setores (oi, Sodexo, tudo bem?), diminuição de custos e prazos de entrega, e muita conversa sobre aquisições (Amazon e Zoox; Uber e Grubhub…) e parcerias (Shopping Centers e B2W com Delivery Center) . Quando todos voltarem para as ruas, tal tendência não vai mudar. E o passo a frente, estranhamente, será o do varejo migrar para outros espaços físicos. Sendo a sua casa um deles. Como? A gente conta aqui.

Predictable you

Toda compra num canal digital traz para o varejista a capacidade de entender os padrões do cliente, e pode acreditar, somos muito previsíveis. É só ver a corrida que houve por papel higiênico no começo da pandemia. O GPA, por exemplo, entende quais são os tipos de produtos que cada usuário costuma comprar e, assim, eles veem tendências de alimentação – foi assim que eles, inclusive, forjaram parcerias com a Hamburgueria do Futuro, como Otávio Thomé, head de Inovação do GPA contou neste episódio do MorseCast. Das grandes redes de supermercado, cerca de 80% das compras já são identificadas, e nas Farmácias esse número chega em 90% em algumas redes e regiões. Ninguém mais compra uma pasta de dente sem dar o CPF. Se cruzarmos o consumo básico de grupos de pessoas, com endereços, é possível prever quantos e quais produtos essas  pessoas vão consumir de maneira recorrente. Sim, podemos prever por exemplo o poder de consumo de um bairro, mas podemos ir além e chegar nesse potencial por condomínio ou prédio. 

Na sua porta

Na outra ponta (ou na sua porta, PUN INTENDED), com análise de informações de geolocalização e de estoques digitais, os deliveries conseguem criar sistemas para entrega cada vez mais eficientes – a ponto de ser no mesmo dia, como o MercadoLivre, a B2W (com a nova parceria com a Delivery Center) ou o AmazonPrime, nos Estados Unidos. Na prática, esses sistemas permitem que qualquer loja se torne um centro de distribuição. É um pouco do que, por exemplo, a Delivery Center, olha ela aqui de novo,  tem usado para transformar shoppings em CDs . Outro exemplo é a Shipp, que criou o sistema DaaS (Delivery as a Service) e que é do mesmo grupo da Zaitt, de lojas autônomas. Nesse caso, e olhem que bacana, o delivery pode utilizar como CD (Centro de Distribuição) as lojas autônomas, dando maior eficiência ao processo como um todo. E, indo mais além, imagine que ao acessar o App, pedir um item, ele poderia mostrar as duas opções; o preço de receber o item em casa, ou o preço e a distância, para ir buscar esse item no local mais próximo de você. E que, segue o fio aí abaixo, pode ser inclusive a portaria do seu prédio.E e se o delivery se juntar à personalização para criar estoques mais assertivos em ambientes mais próximos do cliente?

Market Place at your place

A resposta está numa máquina, e não não é nada de outro mundo como o carro autônomo da Zoox, mas uma máquina que cria um market place físico autônomo e existe desde, vejam bem, 1880: a vending machine. Só que um pouco modificada. O conceito é de ter um produto vendido num espaço onde as pessoas estão e costumam ir. E se a personalização – e a rede para entrega já existe, é só juntar os pontos. Por que não uma vending machine de compras recorrentes em condomínios? Tem uma startup fazendo quase isso no Brasil, a NuMenu. A diferença é que estamos propondo um passo á frente: uma “loja” móvel, ligada a um app, onde a pessoa possa optar por “já pegar” a sua compra recorrente.

Data Vending Machine

Integrações Mobile com Vending Machines não são exatamente uma novidade (na verdade, e isso é mesmo coincidência, uma das pessoas que vos escreve possui uma patente de 2009 de um tipo de vending machine mobile). A vantagem da ligação com o mobile é permitir que as máquinas possam conhecer melhor sobre seus consumidores dado que, historicamente, a relação entre usuários e vending machines sempre foi pautada em moedas, e depois em cartão de crédito, mas sem experiências identificadas como as das lojas físicas. O que deixava, até então, a reestocagem de produtos na máquina bem pouco inteligente – e isso chega no usuário final da pior forma possível, que é quando um produto que ele quer comprar acabou. A ligação omnichannel entre vending machine e Mobile – e dados – tem o poder de criar uma loja smart em qualquer espaço. 

Direto da sua garagem

Num momento em que discutimos a monetização de espaços digitais – e até do Real Estate Mobile – não é de se pensar que, quando a digitalização de fato atingir o espaço físico de vez, ele também não será submetido à mesma lógica? A de otimização e monetização dos lugares que têm? Logo, pensar no que uma “data vending machine” poderia significar para uma empresa de estacionamentos não nos parece tão longe da realidade. Assim como não é tão futurista assim analisar que, sob a perspectiva de condomínios, postos de gasolina, lobbies de prédios comerciais e empresas de storage. Todas elas podem virar centros de distribuição, lojas, ou vending machines inteligentes. Seria o just-in-time, que revolucionou a indústria no passado, revolucionando a cozinha e a lavanderia da sua casa.E por que não?

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