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Micro SaaS

O SaaS que nasce para ser micro para sempre

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Mini Me

Já pensou em criar um produto ou empresa que será “micro” para sempre? Não micro em tamanho de empresa, receita ou mesmo lucro, mas micro no que você entrega na ponta para o seu cliente. Esse é o mercado de Micro SaaS, ou seja, empresas de software como serviço que são focadas em necessidades bem específicas e que muitas vezes não são atendidas da melhor forma, ou principalmente com a melhor experiência, pelas grandes empresas de SaaS. O termo foi difundido por Tyler Tringas, que fundou a Storemapper, um Micro SaaS que permite lojistas criarem um serviço de localizador de lojas no seu site ou aplicativo, mas sem encostar em código, o que possibilita que qualquer pessoa possa utilizar o serviço, independente de conhecimento técnico e independente de qual plataforma já utiliza para seu site ou app.

Why Mini?

O Micro SaaS se caracteriza por aproveitar um nicho de mercado, um produto que tende a ser mais self-service, operar com custos e time sempre enxutos, se estruturar com canais de distribuição escaláveis podendo até utilizar outros softwares ou plataformas SaaS como canal. Com tudo isso, são empresas que demandam baixo investimento para seu lançamento e uma boa margem…

O surgimento e crescimento das plataformas no/low code permitiu que hoje qualquer pessoa crie um aplicativo e software. São várias as soluções e negócios que surgiram através destas tecnologias e isso abre ainda mais espaço para a criação de micro SaaS. Ao invés de pensar em estruturas grandes, alto investimento e alto impacto, é possível inverter a lógica, e pensar em como pequenas tecnologias criam negócios rentáveis. 

Simbiose e M&A

Os Micro SaaS ganharam ainda mais corpo e credibilidade quando começaram a operar em conjunto com os “Macro SaaS”, ou seja, as grandes empresas de software como serviço. Com a clareza da existência e importância deste mercado, e com empresas se posicionando claramente e de forma bem direta como sendo uma “ simples” funcionalidade e não querendo se tornar uma plataforma ou ecossistema, os grandes viram espaço para uma relação simbiótica com os Micro SaaS. Ao plugar parceiros externos, com funcionalidades especificas e com melhor experiência, os grandes agregam valor em suas ofertas e criam ou evoluem o seu lock-in. Do outro lado, os pequenos encontram uma oportunidade de ganhar escala de distribuição com estes canais de venda. Além da oportunidade comercial, essa relação abre uma série de oportunidades de M&A, desde funding, quando os grandes aportam investimento com o objetivo de acelerar o projeto da empresa que está lhe rendendo melhorias em seus produtos, como por exemplo o projeto da Docusign que foi investida por nada menos que US$ 233 milhões ou até aquisições integrais que nasceram de relações de micro e macro SaaS.

Micro Store

Esse tipo de relação simbiótica entre empresas grandes e os micro SaaS ganhou tanta escala que algumas grandes empresas começaram a organizar esses parceiros e plataformas em forma de loja, como se fossem um Google Play ou Apple App Store, porém trazendo apenas os serviços de micro SaaS que são integrados, ou pelo menos que complementem a experiência da plataforma mãe. O digitaliza.ai, marketplace de soluções digitais, é um exemplo de empresa que se especializou neste mercado. Além de sua plataforma aberta ao mercado, a empresa trabalha também criando lojas white label para grandes empresas que queiram ter suas lojas de parceiros, gerando assim um fluxo contínuo de inovação através de novos parceiros que vão se conectando às lojas. A tendência ganhou tanto corpo que hoje em dia não apenas empresas de software podem ter suas “micro stores”, mas também outras empresas de produtos e serviços que tenham softwares como SVA (serviço de valor agregado), como relógios, geladeiras e até automóveis.

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