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Dois hambúrgueres, alface, queijo e um microondas?

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Nesta semana, uma notícia pegou muitos de surpresa; a possibilidade de em um mesmo site, ou app, podermos comprar um Big Mac e uma geladeira. Sim, estamos falando da notícia de que o McDonald’s fechou uma parceria com a B2W para vender seus lanches na Americanas. Estamos acostumados, no mundo online, com a visão de verticais de compra – mesmo que num site só, mas sempre dentro de uma mesma lógica: um site vende cosméticos, outro vende eletrônicos e livros; outro, apenas camisetas e moletons. Isso tem um motivo, mas vira papo de outro Morse.  Porém, no mundo físico, isso não é apenas normal como quase obrigatório. Pensa num shopping center sem uma praça de alimentação, ou sem uma grande loja de departamento ou eletroeletrônicos. Quando a gente pensa assim, fica a dúvida: por que tanta surpresa com o McD?

UX e Experiência de compra

Rebobine a fita cerca de 2 anos. Comprar online era sinônimo de espera (e que espera, quem nunca ficou na frente da porta assim que recebeu a mensagem “seu produto está sendo enviado”?). Sim, dias, ou semanas, esperando o produto. Quem aqui deixaria para comprar um presente de última hora em um e-commerce, ou mesmo marketplace? Principalmente se fosse do marido/esposa… 🙁

Avancemos para os dias de hoje

Delivery no mesmo dia virou quase regra para determinados itens e categorias, e não apenas da alimentação que precisa chegar quentinha. Cada vez mais novas categorias entram nessa dança. A Amazon, inclusive, criou todo uma linha de negócios apenas para fazer isso – o Prime. A Loggi foi outra que indicou que passará a entregar produtos maiores. Até a Bayer vai vender sua soja em Marketplace (sério). Num exagero, até montadoras já se estruturam para algo nessa linha, sim, poder pedir um carro novo para ser entregue na sua casa, no mesmo dia.

Produto ou Marketplace?

Com essa mudanças e evoluções, alguns movimentos que já vinham acontecendo começam a acelerar. E essa aceleração apagou os limites do que é canal de venda e o que é produto, e vice-versa. O delivery mais rápido, como comentamos, ajudou: todo espaço pode ser um CD, todo CD por ser um Marketplace, ou parte de um. Já falamos aqui dos Shoppings virando Marketplaces sozinhos, ou dentro de outras plataformas. E toda marca que consegue um grau de relacionamento e engajamento com seus clientes, tem dados sobre eles e capacidade de ativação, pode então não apenas virar D2C mas também se tornar um marketplace. Exemplo? A Ambev, que passou a oferecer cervejas artesanais em um e-commerce próprio. Que acabou virando, vejam só, um marketplace de cervejas artesanais, além do portfólio da Ambev.

Dados, Sistemas e Plataformas

Agora, com tanta coisa acontecendo, e tanta oportunidade surgindo, definir estratégias e tomar decisões se torna um grande desafio. E por que não utilizar os dados para isso? Para os nativos digitais, os dados já devem estar por lá, e o trabalho talvez seja mais que entender como melhor utilizar. Mas e para quem vem do mundo físico: shoppings, lojas, fast foods etc. Quais as formas de entender melhor como entrar na dança? E quem sabe melhor isso do que isso ERPs?

Agora, para o outro lado

A evolução dos sistemas de ERP para plataformas de serviços e produtos para PME’s foi assunto com Brian Bittencourt, sócio e Chief de Growth e Marketing da Avec, plataforma de ERP para salões. Atualmente com 30 mil clientes no meio de salões, a Avec começou com agendamentos e gestão,  mas está aos poucos virando uma plataforma unificada de serviços para o todo o setor de beleza (de salões à indústria de cosméticos). “Entendemos que ser só sistema não era o suficiente. Tínhamos que achar formas de trazer mais clientes para nossos usuários e ajudar a fazer negócios”, disse Brian.

ERP na mira da evolução de Canais

Da mesma forma que o delivery do mesmo dia, ou até o aumento dos produtos – até chegando ao fatídico Big Mac – dentro do e-commerce ampliou a visão do marketplace. A diversificação de produtos do ERP aconteceu para ampliar o conhecimento do empreendedor sobre o seu próprio negócio. Do ponto do B maior do B2b, para chegar a oferecer tudo isso, as parcerias com startups são essenciais. E é algo que Brian vê acontecendo no mercado como um todo. “Desenvolver e manter o core de um sistema de gestão já exige ‘muitas’ coisas para fazer, não adianta parar e desenvolver uma maquininha [de cartão] sozinho, ou uma plataforma de envio de SMS, ou uma de push. Os parceiros têm essa expertise. É uma maneira inteligente dos ERPs se portarem, seguir o caminho das parcerias”, disse. Não muito diferente dos tais sanduíches na Americanas.com, não?

E aí, vai pedir com batatas?

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