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iAgora? Os impactos do novo iOS!

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Quando uma empresa do tamanho da Apple se movimenta, ela traz mudanças em cadeia no mercado. Isso porque existe um grande ecossistema ligado ao iOS, que vai de desenvolvedores a usuários, passando por aplicativos, fabricantes de hardware que se conectam ou integram aos aparelhos da empresa, além de marcas e indústrias. Nos últimos dez dias, nos debruçamos sobre as mudanças que a Maçã lançou no iOS 14 e o que elas podem significar para os negócios, seja em desafios, seja em oportunidades. O resultado será uma newsletter em duas partes; nesta sexta (Widgets, AppClips e App Library) e na que vem (IDFA e SKAdNetwork). Segue o fio!

What?

Três das principais alterações no iOS 14 foram a entrada dos Widgets, dos AppClips e da da App Library e todas elas têm uma coisa em comum: passam pela tela inicial do iPhone (e iPad). Aquela mesma tela inicial que, há alguns meses, falamos que está sendo um campo de batalha dos super aplicativos, lembram? Sim, já pautamos por aqui o quanto achamos que os smartphones em si estavam perdendo o seu lado smart, deixando essa oportunidade de bandeja para os superapps. Em resumo, porque meu smartphone não pode ser smart a ponto de compreender o meu comportamento? Me recomendar apps e serviços baseados em minhas necessidades? Por que ele não pode deixar mais fácil o processo de encontrar Apps? 

De volta para…?

Para o mercado Mobile, os Widgets estão longe de ser novidade, já que existem desde antes da existência do iPhone (eles são quase o QR Code dos aplicativos, se você pensar bem), e se tratam de uma fração de um aplicativo com uma interface gráfica, nela, há informações que podem ser visualizadas de maneira rápida pelo usuário. Um uso comum de Widget no Android, onde ele já é incorporado ao sistema, é o de temperatura e de previsão do tempo. Com a  mudança do iOS 14, o Widget sai da página “hoje” (que fica escondida no swipe para esquerda do iPhone) e poderá ser usado na Home do iPhone. E isso faz toda diferença. A Apple abrirá para desenvolvedores terceiros criarem novos Widgets para as pessoas colocarem na tela – em três tamanhos, o que também é um ponto extra do que o aplicativo, se vocês forem da turma do UX. Para uma marca, isso pode significar estar no ponto certo, do tamanho correto  e apresentando a informação que o usuário quer, no melhor contexto possível. Isso sem precisar chegar ao ponto de desenvolver um aplicativo completo.

Mobile Concierge

Além dos Widgets, a Apple apresentou o chamado “Smart Stack”, ou seja, uma “pilha” de Widgets que se alternam a partir da inteligência artificial do próprio celular. Assim, a partir da funcionalidade da informação mostrada no Widget, ele vai alterar a sua visibilidade na Home. Por exemplo, deixar um Widget com dados de ações e da bolsa de valores visível apenas durante as horas de pregão. Isso abre espaço para um mercado variado, já que faz com que os desenvolvedores e marcas pensem exatamente na mensagem que querem passar, e em como fazer dela um conteúdo relevante – e atualizado – para o usuário final. Assim como as push notifications, que voltaram ao iOS para os profissionais de marketing, os Widgets se valem de um ativo muito importante: a atenção do usuário. 

Are those, miniapps? 

Falando em aplicativos simplificados, entramos aqui nos App Clips: aplicações de até 10 MB que permitirão que o usuário faça qualquer tipo de ação simples sem precisar baixar o aplicativo. Falando em outras palavras: um App Clip é um “pedaço” simples do aplicativo que poderá ser acionado usando QR Code ou NFC, fazendo uma tarefa simples como pagar um estacionamento ou comprar um café. Se você está sentindo um deja-vu lendo isso, saiba que, bem, ele é real, já que é essa exatamente a mesma descrição dos mini-apps do WeChat (aqueles que foram a raiz do crescimento do ecossistema Mobile na China). As possibilidades de negócio aqui também são variadas, já que os App Clips liberam o lado transacional, principalmente de atividades rápidas, para os usuários – para um aplicativo de bicicletas ou de estacionamento, pode ser o passo necessário para a usabilidade. 

Você é mais inteligente que seu celular?

A outra novidade é a tal “App Library”, ou “Biblioteca de Apps”, que vai organizar automaticamente os aplicativos do usuário de maneira mais compacta, dando privilégio para os mais utilizados – e organizando-os por categoria. Em tese, isso daria mais espaço para a pessoa baixar mais apps, o que pode significar um bom negócio para os desenvolvedores. Para quem faz aplicativos – e até para quem está pensando em fazer um – ter a informação de usabilidade, saber se ele está ou não na tela inicial do usuário, será uma informação valiosa para fazer ou não alterações nas novas versões do app. Vocês lembram quando a Netflix parou de passar a recomendar os filmes a partir da lista de “para assistir mais tarde” e começou a fazer a recomendação a partir do hábito de quem vê filmes (como Reed Hastings explica aqui)? Em menos de meses, a quantidade de séries e filmes criados e que ganharam audiência a partir desta pequena mudança foi gigante. O recado de Hastings é claro: “Para atingir as pessoas da melhor maneira, dá mais certo olhar para as reais escolhas que elas fazem, suas preferências reveladas pelo quanto elas apreciam esses pequenos prazeres”.  

Dados podem vir de várias formas

É quase como se a Apple tivesse olhado de perto para a maneira de funcionar dos superaplicativos: como tornar o smartphone mais e mais eficiente, usando o poder da personalização.  Há também o aspecto dos dados: no Android, os Widgets conseguem captar dados de uso. No iOS, não ficou muito claro como se dará essa interação, mas é esperada que aconteça a operação. O mesmo acontece com os dados transacionais dos App Clips e dos rankings do Biblioteca de Apps. Podem parecer mudanças sutis, mas são ondas que têm capacidade de trazer um tsunami para o mercado.

iAgora?

E para você e sua marca, o que muda? Muita coisa, principalmente a possibilidade de aproveitar essas oportunidades para melhor conhecer seus clientes e potenciais clientes e criar serviços que te coloquem na primeira tela do usuário. Lembrando que agora essa não será mais apenas uma missão de branding, mas também de otimização de serviços baseados em dados e insights, já que, como falamos acima, a presença ou não nessa tela será definida por algoritmos que vão entender se você é relevante ou não, e para qual momento, dia ou hora do usuário. Para estar ali, o seu planejamento terá que contar também com essas variáveis. 

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