Ghost Interview
Ghost interview #15 | A Dupla Dinâmica de US$ 26 bilhões

Logan Green: Em tecnologia, eu fico mais animado com o Elon Musk pela escala dos problemas que ele tenta lidar nas suas empresas. Do jeito que ele constrói carros até como ele vai atrás das viagens espaciais, é empolgante e audacioso. No campo de empresas, eu admiro o Airbnb porque eles foram pioneiros da economia compartilhada e em criar uma comunidade. Eles acharam um jeito elegante de ajudar as pessoas a ganharem direito e para quem viaja passar por experiências autênticas.
Agora falando de áreas. O que mais admiro, e é o que me deixa animado é o Mobile. Uma nova onda de empresas estão nascendo – e o Lyft é uma delas – exatamente porque todos têm um telefone e os serviços são colocados nele. A gente não poderia prever que todos os motoristas em trânsito teriam um smartphone que pudesse rastrear sua localização exata, e a gente não poderia presumir que todos os potenciais passageiros na estrada poderiam tirar um telefone do bolso para pegar uma carona. Os diferentes tipos de dispositivos móveis já existem existem há alguns anos, mas a suposição de que todos têm um smartphone e a onipresença do Mobile finalmente desbloqueou negócios.
(Entrevista à revista Fortune em 21 de agosto de 2014)

Logan Green: Um dos exemplos é que, toda vez que um motorista começa a trabalhar no Lyft, a gente conecta ele com outro “top motorista” – um com mais de 700 viagens e no top 100 de pontuação da cidade – que vira seu mentor. E a primeira viagem do motorista da Lyft precisa ser com esse mentor. Esse match que fazemos foi o que nos fez dar escala à sensação de pertencer a uma comunidade.
Para fazer o Lyft Line [programa de ride sharing coletivo] funcionar compramos duas empresas, uma de rotas de trânsito em tempo real e uma empresa de caronas. Mas, o que ajuda a funcionar é o nosso time fenomenal de data science. A partir de dados que fazemos os matchs de clientes e rotas, para isso entendemos padrões de trânsito da área e entendemos o comportamento do local para saber se haverá mais viagens ali – é dessa forma que calculamos o preço da viagem também.
(Entrevista ao Yahoo Tech Mix em 30 de março 2016)
John Zimmer: Nós achamos que, nos próximos anos, os usuários estarão assinando planos de quilometragem da mesma forma que assinam planos de minutos na At&T e da T-Mobile.
(Entrevista à CBS em 5 de julho de 2017)
Ainda estamos arranhando a superfície das possibilidades com as bicicletas e outros pequenos veículos elétricos.
(CNN Business, 11 de dezembro de 2018)
Logan Green: Nós estamos indo atrás de um mercado de US$ 1,2 trilhão. Consumidores norte-americanos gastam essa quantidade de dinheiro todo ano para transporte diário, e achamos que pode ser o maior mercado que já passou pela mudança de negócio para o modelo de serviços. Então não estamos apenas investindo em ride sharing, mas em bicicletas e scooters, estamos investindo em veículos autônomos, mas se você olha para os números, você entende porque estamos investindo sem vergonha alguma nesse espaço.
(Entrevista para a CNBC em 29 de março de 2019)

John e Logan: Nos próximos 10 anos, ainda terão motoristas e carros autônomos nas ruas e estradas, é o que chamamos de rede híbrida. No começo, os carros autônomos ainda terão uma longa lista de restrições.
Lembram quando a cobertura das redes de celular foram do 3G para o 4G? Primeiro apenas as grandes cidades tinham a conexão, depois foi crescendo e chegou a mais pontos. Mesmo assim, lugares que ainda não tinham a rede mais rápida tinham cobertura do 3G e não ficam sem conexão. A questão é que a introdução dos carros autônomos vai seguir o mesmo padrão.
Carros definiram nossas cidades até agora. Agora é hora da gente redefiní-las. Muitos conceitos dentro de carros autônomos vão mudar. Eles terão sofás e televisões? Será que os nossos happy hours serão dentro de um carro voltando do trabalho? Quando as crianças perguntarem “já chegamos?”, eles irão responder? Mas, quando se trata de carros autônomos, a pergunta mais importante é como eles mudarão o mundo. Os estacionamentos do futuro poderão se tornar parques. De repente, iremos diminuir a parte de asfalto das ruas e aumentar as calçadas. Isso significa mais espaço para pequenos negócios e lojas, mais espaços compartilhados.
(Texto publicado por Zimmer em seu Medium, em 18 de setembro de 2016)
John Zimmer: Não cante músicas de Justin Timberlake quando estiver ao lado do futuro cofundador da sua empresa, não importa o quanto você ame fazer isso.