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GHOST INTERVIEW #14 | Quem está por trás do AppleCard?

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O nome dela é Jennifer!

E ela faz umas paradas… Ela, no caso, é a Jennifer Bailley, vice-presidente de internet Services da Apple e bam-bam-bam do Apple Pay, nossa “convidada” ao Ghost Interview da semana. Ah, e antes que vocês perguntem, a gente não encontrou essa Jennifer no Tinder, não, mas no #AppleEvent desta segunda-feira, onde ela anunciou um dos mais inovadores serviços da Maçã: o Apple Card.

Lançado em outubro de 2014, o Apple Pay é o principal símbolo da guinada da Maçã, de empresa de tecnologia para fornecedora de serviços. A aplicação, que foi criada para ser mais uma feature do iPhone, hoje em dia já é aceita em 26 países e deve ultrapassar a marca de 10 bilhões de transações feitas ainda este ano. Qual o futuro do pagamento móvel? E do uso do celular para transações? A Jennifer sabe de tudo e conta para a gente:

Dia do Pagamento

Quando nós criamos o Apple Pay, pensamos de maneira mais ampla sobre todos os serviços que poderiam existir no iPhone que poderiam substituir uma carteira. Começamos pelo mais utilizado no dia a dia: os pagamentos. Nos Estados Unidos, a indústria de pagamento está um pouco atrás do resto do mundo na tecnologia, então esse foi um caminho natural para a gente.

Quando começamos a pensar na jornada de pagamento, escolhemos  a tecnologia que trazia a melhor experiência ao usuário, além de ser a mais segura. O NFC é muito mais seguro que o QR Code e que um cartão físico. Em países em desenvolvimento, o QR Code tem tido bastante sucesso, porque é uma tecnologia de custo mais baixo para os varejistas, mas essa não é a forma mais segura de se fazer pagamentos. O mercado “contactless”, a meu ver, deve continuar a crescer.

Lembro que a ideia inicial do Apple Pay era fazer com que as pessoas amassem os seus iphones, porque , imaginatudo o que dá para fazer com a sua carteira, quem não gostaria de fazer tudo isso no celular? No futuro, ninguém vai ter que se submeter a usar uma carteira física.

Agora estamos abrindo espaço para uma série de novos serviços que não o pagamento: carteira de identidade universitárias podem ser usadas no iPhone em algumas universidades [dos Estados Unidos]. Além disso, estamos indo atrás dos ingressos “contactless” para eventos esportivos e também a entrada de empresas. No Apple Park, todas as nossas credenciais estão no celular. Além dos programas de reward e de pontos.

(Bate-papo no Fortune’s Brainstorm Reinvent, em 25 de setembro de 2018)

A gente fez um grande porta-a-porta. A gente ia até varejistas locais e a prefeituras, como em Austin, em San Diego, Los Angeles e San Francisco. Com a aprovação dos conselhos municipais, a gente colocava o Apple Pay nas feiras de rua. Os varejistas locais que aceitavam o Apple Pay davam ofertas em contrapartida – como um dólar de desconto em seu sorvete. Nós trazíamos foodtrucks e atividades divertidas. Fizemos marketing em festivais de música. No ano passado, no BottleRock [um festival de música e vinho em Napa Valley], trabalhamos com os organizadores do evento para criar linhas exclusivas da Apple Pay. Quando você vai a um show, a última coisa que você quer é ficar na fila para pagar pela sua cerveja.

Nós começamos com a suposição de que ficaria claro para os clientes quais lojas aceitam o Apple Pay, mas você nem sempre sabe. Agora temos uma equipe de pessoas que trabalham [com empresas como a Square e a Vantiv, que fornecem terminais de check-out]. Nós damos os adesivos; trabalhamos com eles [para adicionar] marcas digitais na tela. Quando um varejista exibe uma marca da Apple, o número de transações [da Apple Pay] aumenta cerca de cinco vezes.

Internacionalmente, lançamos no Japão [em outubro de 2016]. Uma das categorias realmente importantes de pagamentos que existe para o seu sistema ferroviário, então nós vinculamos o Apple Pay aos cartões de trânsito JR East e Suica do país. Adicione-os à Apple Wallet e toque para passar pelo portão. Na semana passada, estávamos trabalhando ativamente no lançamento de trânsito em Pequim e Xangai. Quando falamos em substituir a carteira e não apenas os cartões de pagamento, é nisso que estamos trabalhando.

(Entrevista à Fast Company em 30 de maio de 2018)

O celular está realmente transformando a forma como vivemos nossas vidas, e os aplicativos estão no centro dessa mudança. Do tempo gasto em dispositivos móveis, 87% são gastos em aplicativos. Deixe-me dizer isso de novo. De todo o tempo que passamos em nossos iPhones, 87% disso é gasto em um aplicativo.

Por que essas pessoas preferem aplicativos? O motivo é claro. Com os aplicativos, podemos oferecer a melhor experiência possível. Os aplicativos permitem que você aproveite o poder do hardware, software e serviços integrados usando recursos como câmera, serviços de localização, identidade e realidade aumentada.

Olhando 10 anos para trás, a Apple lançou o primeiro iPhone em 2007, quando todo o uso da internet e do e-commerce estava acontecendo em computadores pessoais. O iPhone iniciou essa transição para dispositivos móveis e, em 2016, o uso de dispositivos móveis superou o uso de computadores pessoais e nunca mais vai voltar. Isso é tráfego, mas e o comércio?

O celular representa 25% de todo o comércio eletrônico nos Estados Unidos e está crescendo quatro vezes mais rápido que o comércio eletrônico em computadores e 10 vezes mais rápido que o varejo físico. Com essas taxas de crescimento, espera-se que o gasto móvel seja o maior canal de comércio eletrônico em 2021 nos Estados Unidos. Embora você possa pensar que algumas dessas previsões são excessivamente otimistas, já vemos, como os mercados na China, que mais de 80% do comércio eletrônico é móvel. Com nossos 1 bilhão de iPhones ativos em nosso mercado global, vemos os dispositivos móveis como a forma predominante de nos engajarmos digitalmente com os clientes.

(Apresentação no NRF Big Show 2018 em 16 de janeiro de 2018)

A China é um mercado incrível, o que vemos acontecendo lá é o exemplo de como o mobile e o mobile payment estão transformando a maneira como as pessoas vivem diariamente. Agora, elas compram ingressos, pedem carros e comida via smartphone. E a Apple, como iOS, faz parte dessa mudança.  A China, de fato, lidera em termos de adoção de tecnologia Mobile. Então sempre ficamos de olho no que está acontecendo.

(Entrevista ao Cheddar, em 6 de junho de 2018)

Não acho que iremos usar mais dinheiro físico num futuro próximo. Na perspectiva do negócio e do usuário, dinheiro é a forma menos segura de se fazer pagamentos. Se você deixa cair cinco dólares e alguém pega, não tem mais como recuperar esse valor. Aumentamos a segurança das transações com o cartão de débito e o cartão de crédito. Finalmente, pagar com telefone é ainda mais seguro que pagar com cartões físico. Essa evolução é muito boa para a indústria, para os consumidores e para os varejistas. Vemos o que acontece em outros países e há potencial para o celular substituir o dinheiro.

E isso não significa que as lojas terão funcionários a mesmo. Toda a tecnologia de checkout pode ser feita via Mobile, o que dá mais tempo para o varejo acrescentar um “serviço de valor adicional”. Ou seja: os funcionários podem explicar mais sobre os produtos nas lojas a quem entra, e não precisa ficar no caixa.

(Entrevista à CNN, em 19 de dezembro de 2017)

Por mais que seja desafiador escutar histórias [de mulheres no mercado de trabalho de tecnologia], uma coisa boa que sai disso é que o diálogo está acontecendo e é importante criar a consciência para o fato de que a gente tem que mudar a cultura . O meu conselho para mulheres que estão entrando no mercado de trabalho de tecnologia é: escolha bem a empresa que quer trabalhar e opte por aquelas que tenham “grandes valores”.

Para mim, um dos valores mais importantes – e que vejo na Apple – é o do ser aberto a debate. Quando a empresa é aberta ao debate, isso significa que a diversidade será uma chave para ela. Na Apple estamos tentando construir produtos para milhões de usuários, e, para chegar nessas respostas, é crucial que a gente escute diversas perspectivas, isso é diversidade para mim: todos [mulheres, homens, negros, LGBT] confortáveis para falar suas opiniões. Encorajo esse debate, porque é a única forma de chegar à melhor experiência para uma variedade maior de usuários.

(Entrevista à CNN, em 19 de dezembro de 2017)

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