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Foi o BuzzFeed gringo que divulgou a denúncia: a Fly Apps, empresa do mercado de publicidade mobile, está sendo acusada de organizar um esquema responsável porfraudar anunciantes em centenas de milhões de dólares. E como ela fazia isso? Criando uma infinidade de bots que imitavam o comportamento do público-alvo do cliente. Ou seja, enquanto a empresa acreditava estar impactando pessoas, na verdade alcançava quase que unicamente máquinas.
We Fake Apps
Para dar um verniz de seriedade ao seu esquema, o grupo de fraudadores tinha uma empresa de fachada, chamada We Purchase Apps, que adquiria aplicativos verdadeiros. Quando comprava um produto novo, o grupo então estudava a base de dados relacionada ao comportamento e desenvolvia bots que replicassem as reações. Para ter acesso às infos mais sofisticadas de quem realmente baixou o app,essa galera trackeava de forma ilegal todas as ações desempenhas enquanto o aplicativo estava sendo utilizado.
A maioria das marcas compradas pela empresa era de jogos, gênero que costuma ter grande rotatividade — o que enriqueceria depois o “perfil” do bot. Mas também foram encontrados apps de selfie, alimentação saudável e até de lanterna. No total, os títulos que o BuzzFeed detectou que realizavam essa prática foram baixados mais de 115 milhões de vezes. Nesse link aqui você tem acesso a uma planilha construída pelo BF com a lista das aplicações envolvidas na fraude.
Fly high (to jail)
De acordo com os documentos que o BuzzFeed teve acesso, todas as empresas envolvidas no processo de adulteração estão ligadas à Fly Apps. Criada por empresários de Israel e da Alemanha, eles negam as acusações e dizem que apenas gerenciam os aplicativos da forma que os receberam, sem fazer alterações profundas em seus códigos.
Mas os fatos pesam contra: ao analisar as informações de endereço e time das pessoas envolvidas nas empresas controladas pelo grupo, o BF descobriu que praticamente todos os endereços não são comerciais e que as fotos dos funcionários foram tiradas debancos de imagens.
Bugs no dróide?
A Google Play Store, que hospeda boa parte dos aplicativos do sistema operacional Android, era o principal alvo da Fly Apps. Isso porque a plataforma recebe um número gigante de usuários por dia e o processo de verificação utilizado pelo Google Play seria menos rigoroso do que o da App Store, comandado pela Apple.
Ao ser notificada da fraude, a empresa de Mountain View removeu boa parte dos apps indicados como maliciosos e fez um levantamento para entender o quanto anunciantes podem ter perdido com impressões fantasmas. A conta, de acordo com a companhia, é bem menor do que as centenas de dólares que BuzzFeed alega que o grupo conseguiu: estaria perto dos USD 10 milhões.
Lição que fica: escolha com cuidado os parceiros de publicidade.
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