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Ghost Interview

Do zero ao bilhão

Sara Blakely foi a mulher mais jovem do mundo a conquistar uma fortuna bilionária do zero a partir de uma dor recorrente para as mulheres.

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Self-made-woman

A bilionária “self-made-woman” mais jovem do mundo construiu sua empresa a partir de uma dor que ela mesmo enfrentou em 1998. A jovem queria usar uma calça branca justa e percebeu que qualquer lingerie que fosse usar, ficaria “marcando” por baixo. Foi aí que ela decidiu passar uma tesoura na sua meia calça para poder usá-la por baixo. A meia-calça escondia as imperfeições e deixava a silhueta com aspecto mais regular. A ideia central surgiu e com US$ 5.000 de suas próprias economias, ela construiu a SPANX. A empresa nunca recebeu investimento externo e se tornou a empresa de roupas íntimas modeladoras preferidas de celebridades como Oprah Winfrey, Gwenetty Paltrow e Madonna. 

Atualmente a marca está em mais de 50 países e Sara se tornou uma celebridade, Ela é  jurada convidada em ‘Shark Tank‘, teve uma participação especial em ‘Billions’ e possui sua própria masterclass. Em 2006, lançou a Fundação SPANX para empoderar mulheres por meio da educação, empreendedorismo e artes. Ela afirma ser uma grande crente em seguir seus instintos e adotar abordagens únicas para os negócios. No final de 2021, como gesto de gratidão, Sara doou a cada um de seus colaboradores US$ 10 mil e duas passagens de avião de 1ª classe para viajarem para qualquer lugar do mundo. Veja o vídeo aqui. 


Você comenta sobre a importância de seguir seus instintos e adotar abordagens únicas para os negócios, como isso reflete na história da Spanx? 

Quando comecei a Spanx, estava em um coquetel. Um monte de gente tinha ouvido que eu tinha inventado algo e veio até mim e disse: “Sabe, Sara, negócios são guerra”. Eu simplesmente não aceitava isso e não acreditava nisso. Acreditei que poderia ser diferente.

Tenho estado focada no cliente, focada em encantá-lo e surpreendê-lo, e tornar sua vida melhor, e não tive nenhum tipo de atitude implacável, como ‘outras pessoas têm que ser destruídas ou demolidas para que eu tenha sucesso.’ Esse não era o meu caminho! 

(Entrevista ao Susie Moore)

O que a jornada como vendedora te ensinou?

Existem quatro tipos de personalidade diferentes para os quais você está vendendo, nós os chamamos de socializadores, relatores, diretores e pensadores. Sempre há  um que vai “bater” com você porque é o seu tipo de personalidade. Mas se você quiser melhorar o seu alcance, você precisa descobrir os outros três tipos! 

(Entrevista a Tony Robbins – 23 de Junho de 2020)

Como essas diferentes personalidades funcionam na prática? Poderia nos dar um exemplo? 

Eu sou uma “diretora socializadora” e vender para um “pensador” foi a minha venda mais difícil! Porque os “pensadores” querem sempre todos os dados e informações, utilizando-os ou não, e eu fico tipo “isso é uma perda de tempo!”, sabe. Durante um tempo eu continuei perdendo vendas para “pensadores” e só depois que finalmente entendi que eu tenho que falar com eles do jeito que eles querem ser falados, ao invés de projetar meu estilo.

(Entrevista a Tony Robbins – 23 de Junho de 2020)

Como foi lá no começo da SPANX vender a sua ideia? 

Eu procurei fábricas de meias – todas administradas por homens – pedindo que fabricassem Spanx. Todos eles praticamente me deram a volta por cima. Então tirei uma semana de folga do trabalho e dirigi por todas essas fábricas que estavam concentradas principalmente na Carolina do Norte. Eu tinha minha mochila vermelha da sorte da faculdade comigo, eu entrava e eles sempre me faziam as mesmas três perguntas: “E você é?” “Sara Blakely”.  “E você está com?” “Sara Blakely”.“Você é apoiada financeiramente?” “Sara Blakely”. Eu usava uma linguagem muito definitiva e confiante. 

Se você tiver apenas 30 segundos ou um minuto para tentar fazer seu discurso: Você precisa descobrir como você pode fazer isso, para quem você está apresentando sua ideia e o que há para eles.

Então eu fiz isso durante toda a minha jornada. Eu dizia “Inventei um produto que vai mudar definitivamente a forma como as mulheres se vestem. Vai acabar se tornando um programa enorme para você. Você tem que me dar a chance para que isso aconteça. Tenho total confiança de que você acabará obtendo uma grande quantidade de negócios ao tomar essa decisão.” 

(Glamour – 12 de dezembro de 2019)

Qual é a sua visão sobre a concorrência?

Uma das grandes coisas que posso dizer é para diferenciar-se e ser obsessivo sobre isso. Fale consigo ao espelho ou seja capaz de dizer a qualquer pessoa em 30 segundos, ou menos, porque você é diferente, porque o que existe no mercado não é tão bom e porque o consumidor precisa daquilo. Qual benefício terá para o cliente?

(Entrevista ao CandyDaily – 22 de junho de 2012)

Quais momentos da sua carreira você mais se orgulha de ter alcançado?

Eu me orgulho de ter atingido este nível de sucesso, que vai para além dos meus sonhos, e fazê-lo de uma forma que posso me olhar no espelho e me sentir bem com o como cheguei aqui. 

O meu momento Oprah. Receber a chamada dela… a minha primeira oportunidade para vender o meu segundo produto na QVC (canal de televisão de vendas) e vender mais de 8000 produtos em 6 minutos e ver que não foi apenas um golpe de sorte! E depois me lançar  internacionalmente, construir uma equipe… Existiram momentos onde me senti orgulhosa das diferentes fases do meu percurso Spanx! 

(Entrevista a Forbes – 7 de março de 2012)

Como empreendedora, ao longo da sua jornada você teve que realizar diferentes contratações de talentos para o seu time. O que você aprendeu com estas contratações e o que sugere aos novos empreendedores? 

Eu diria que você deve contratar as suas fraquezas ou aquilo que não gosta de fazer assim que for possível. E sempre que puder delegue ou clone-se e tente ganhar apoio adicional. Isso é um grande momento numa pequena empresa.

Eu contratei o meu CEO cerca de 2 anos depois de ter começado a Spanx e até esse ponto, quando não se tem dinheiro, é você que tem que ser todos os departamentos. Aprendi rapidamente onde era boa, onde não era, o que gostava e o que não gostava. Mal podia esperar para contratar alguém para preencher as lacunas das minhas fraquezas e para eu me concentrar nas minhas forças.

(Entrevista ao CandyDaily – 22 de junho de 2012)

Muitos empreendedores enfrentam lacunas enormes também de conhecimento. Qual a sua visão sobre isso? 

Eu gosto de dizer às pessoas que você não saber algo pode ser seu maior trunfo se você deixar e tiver coragem. Muitos de nós duvidamos de nós mesmos e pensamos: “Bem, eu não fui para a escola” ou “Eu não sou um especialista”, então não fazemos as perguntas certas ou não perseguimos nosso sonho. O fato de eu nunca ter feito aula de administração, não ter formação, não saber como funcionava o varejo…Não fiquei tão intimidada quanto “deveria”. 

(Entrevista ao podcast Masters of Scale

Qual a sua visão e relação com o fracasso? 

Sabe, por que o nosso maior medo é o fracasso? Porque nós não queremos ficar constrangidos! O medo do constrangimento me levou a temer o que as outras pessoas pensam de mim. Essa é a verdadeira raiz do problema. Há anos venho me preparando para não me importar com a opinião dos outros sobre mim. E um ponto muito importante é que não se importar com a opinião dos outros não significa que não me importo com eles.

(Entrevista a Tony Robbins – 23 de Junho de 2020)

O que você indica para os empreendedores desapegarem da opinião dos outros?

Seja sempre gentil! Ao longo do caminho, algumas pessoas gostaram de mim; algumas pessoas não. Contanto que eu esteja em xeque com meu ‘porquê’ e meu propósito, e que eu saiba que tenho uma boa intenção e estou sendo gentil, tenho que deixar de lado todas essas outras preocupações.

 (Entrevista ao Susie Moore)

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