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Da rádio ao metaverso

Como os áudios cresceram e se tornaram peças-chave para experiências digitais e virtuais.

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O crescimento de conteúdos em formato de áudio e podcast tem sido exponencial nos últimos tempos, o que antes era determinado pelos conteúdos compartilhados entre as telas, hoje o formato de áudio se tornou chave para criadores, profissionais e marcas. Mas os áudios sempre estiveram em nossas vidas, das rádios que ditavam entretenimento e informação, aos CDs e fitas. Certamente você algum dia teve que explicar a alguém (que não conhece o formato) o que é um podcast, e provavelmente você deve ter falado “É como um rádio…”. E na verdade, é isso mesmo. Inclusive, a palavra podcast é a junção de Pod – Personal on Demand (pessoal sob demanda), com broadcast (radiodifusão). O que mudou nos últimos anos foram as tecnologias que permitiram uma versatilidade, inclusão e adaptação destes conteúdos. Diferentemente das rádios, os podcasts e conteúdos em áudio podem ser criados através de tecnologias e estruturas mais simples que hoje são permitidas, tornando-se mais democrática e aberta a qualquer pessoa criar seu próprio conteúdo. A nossa necessidade de consumir informação e entretenimento à medida que realizamos nossa rotina ainda permanece e os formatos em áudio evoluíram a ponto de permitir ouvirmos em qualquer lugar e hora, do mundo real, ao digital e agora, imersivo.

Ouvintes e criadores 

O crescimento no formato de Podcasts foi acentuado pelo cansaço das telas na pandemia e o desejo pela conexão e consumo de conteúdo. Um estudo do Spotify em parceria com o IPG Mediabrands identificou que, para 82% dos consumidores, esse cansaço é um dos motivos de terem aumentado o consumo de áudio durante a pandemia. De leituras e histórias a entrevistas e conversas, os podcasts conquistaram os brasileiros. Atualmente o Brasil é o terceiro país que mais consome podcast no mundo e o que mais cresceu em produção de podcast. Saindo de um nicho muito específico e abrangendo agora diversos outros mercados, dando espaços para um mercado publicitário vasto, o setor de podcast possui um crescimento anual de 30%, à medida que a média de setores da mídia e entretenimento é de somente 4%, de acordo com a Deloitte. 

O sucesso dos podcasts no Brasil e no mundo não só pega carona com uma tendência de conteúdos cada vez mais versátil e adaptável a nossa rotina diária (que está cada vez mais corrida e sobrecarregada de informações), mas também a infinitas possibilidades que o formato permite. De profissionais e personalidades pouco conhecidas a grandes nomes do mercado e do mundo, o formato permite essa criação cada vez mais inclusiva e diversificada de conteúdo e conexão. No Brasil, este comportamento reflete o fato de que triplicamos o número de podcasts ativos no país nos últimos dois anos. 

Apesar do formato de entrevista ser o favorito do público brasileiro, são infinitas as possibilidades de temáticas, estilos e formatos. No último ano, o podcast que mais teve plays foi o Horóscopo Hoje, que conta diariamente sobre previsões dos signos. Outras temáticas também ganham destaque como guias de meditação, histórias infantis, ASMR e resumo de livros. Mas mesmo com essa infinidade de possibilidades de estilos e assuntos nos podcasts, existem diversos outros estilos e formatos que permitem a conexão e consumo através dos áudios. 

Para além dos podcasts

Quando olhamos para a categoria ‘áudio digital’, as aplicações vão bem além dos podcasts. De playlists de músicas e espaços colaborativos de áudios (#tbt Clubhouse) à publicidade, os formatos permitem ainda mais possibilidades na interação entre marcas e suas audiências. Nas instituições de ensino, o formato em áudio tornou-se peça chave na transmissão de conteúdos, o que permite não só inclusão mas também a versatilidade que mencionamos acima. Aqui no Morse criamos o formato Morse Audio News, onde enviamos toda semana em formato de áudio as principais notícias da semana em nosso grupo de Whatsapp, confira aqui! Nas redes sociais, os áudios são fundamentais na produção e consumo de conteúdo. Com a ascensão dos vídeos curtos, tanto as músicas quanto os áudios engraçados fazem agora parte de um conteúdo completo. E com o objetivo de incentivar cada vez mais essas criações, o Instagram permitiu adicionar áudios próprios em suas criações de reels e passou a valorizar e assegurar áudios de propriedade de artistas. Para as marcas, os áudios e menções em plataformas de streaming são peças publicitárias chaves para suas estratégias. Além da possibilidade de inserção no próprio anúncio de plataformas como Spotify, as marcas estão explorando outras formas de inserção, de aparições físicas em estúdios à menções citadas pelos criadores. O McDonald´s foi ainda mais criativo! A marca explorou o crescente formato de ASMR (viral da internet que ajuda pessoas a dormirem e relaxarem) com a criadora de conteúdo Sweet Carol em um vídeo saboreando um “méqui” com sons e áudios relaxantes. 

Chegou no metaverso

Não é só de uma boa experiência visual que o metaverso viverá, mas de uma experiência auditiva também. Scott Galloway, professor da Universidade de Nova York e antenado nas principais tendências do universo de big techs e inovação, apresentou em março deste ano suas apostas e visão sobre o metaverso. Segundo ele, o metaverso é muito mais sobre ouvir e menos sobre ver. Neste sentido, a Apple está muito avançada, com seus devices funcionais de áudio. Para ele, o conceito tem muito menos a ver com o filme Matrix, sobre uma realidade virtual paralela, e muito mais com Her, onde os humanos interagem cada vez mais com máquinas e devices auditivos. O áudio desempenha um papel fundamental para facilitar a interação totalmente imersiva, com os sons que você ouve ajudando a transportar sua mente e a dar vida aos ambientes virtuais.

De olho nisso, a Meta está desenvolvendo novas ferramentas de áudio espacial que respondem a diferentes ambientes conforme exibidos nos visuais. Seja se misturando em uma festa no metaverso ou assistindo um filme através de um óculos de realidade aumentada (AR), a acústica desempenha um papel em como esses momentos serão vividos. A Meta já havia considerado essa imersão através do áudio com a primeira versão de seus  óculos Ray-Ban Stories , que incluem alto-falantes ao ar livre que fornecem som diretamente aos seus ouvidos.

Algo que já vem evoluindo no universo gamer são os anúncios em voz. Imagine você estar imerso no metaverso e poder ouvir em uma rádio, dentro do ambiente em que está, anúncios de marcas e artistas, ou conseguir ouvir sons relacionados aos ambientes e marcas que você já tem contato no mundo real, como por exemplo o som de um carro específico ou a música ambiente de uma loja. A experiência em áudio poderá potencializar o marketing sensorial neste novo mundo virtual que viveremos. 

De qualquer maneira, no modelo de rádio ou experiências imersivas dentro do metaverso, os áudios farão parte na forma como interagimos com pessoas e marcas, do entretenimento à informação, como criadores ou ouvintes! 

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