Trends
Contrata-se: Community Manager
O papel ativo de conectar, engajar e gerir uma comunidade
Faça o seguinte exercício: Vá no Linkedin e procure por ‘Community Manager’, do varejo à empresas tech, você verá inúmeros profissionais e diversas vagas com este cargo. Oriundas de diferentes segmentos, as vagas que estão abertas são rapidamente preenchidas pelos profissionais interessados. Nas descrições dos cargos e profissionais, palavras como ‘Conexão’, ‘Gestão’, ‘Engajamento’ se destacam, e são elas que compõem a função primordial deste profissional.
Na última semana aqui no Morse Trends falamos sobre a estratégia “Community First, Product Later”, ou seja, construir inicialmente uma comunidade com o objetivo de aprender e entender as demandas dela, para daí sim desenvolver um produto de acordo com as dores e desejos ali apresentados ou identificados. A estratégia vem sendo adotada por diversas empresas e marcas, de pequenas à grandes, mas a construção de comunidades não se limita a isso. As comunidades podem ser construídas com diversos objetivos e propósitos e uma peça fundamental disso é o Community Manager, o responsável por articular e criar as oportunidades de interações e trocas das comunidades da empresa.
A função do Community Manager
Como já abordamos por aqui, a comunidade não é um único grupo, evento, boletins informativos ou uma newsletter. É uma agregação de todos esses pontos de contato, com propósito, participação ativa, troca, benefícios, e inclui diversos stakeholders, dependendo do objetivo daquela comunidade. Diante disso, o Community Manager é responsável por construir as oportunidades de engajamento dos membros dessa comunidade e fazer a gestão dela de acordo com seu objetivo. No universo do mundo tech e startups, muitas empresas constroem sua comunidade para se relacionar com o ecossistema de inovação, o community manager, diante desse contexto, mapeia todas as oportunidades de profissionais, empresas e membros, identifica seu público alvo, elenca as principais ações e interações que podem ser feitas, define os canais de comunicação e constrói as principais estratégias de engajamento.
Membros como agentes ativos
Um dos pontos que mais diferenciam as comunidades dos grupos, se trata da participação ativa dos membros e a clareza de suas funções naquela comunidade, que são pré determinadas e comunicadas pelo Community Manager. Os membros de uma comunidade de startups, por exemplo, sabem que sua participação envolve parcerias, ideias, trocas de aprendizados e experiência, indicações, entre outros. Já em uma comunidade de produtos de beleza, os membros são clientes reais da marca e por meio daquele ambiente podem contribuir com suas visões, opiniões, experiências e feedbacks. O Community Manager olhará para essas interações como resultados e oportunidades ativas para a empresa, não só para a construção de advogados da marca, mas para um constante processo de feedback.
Revendedores como Community Managers
Mas as funções de Community Manager não se encaixam em apenas um cargo. As grandes marcas como Avon e Jequiti, por exemplo, empoderam suas revendedoras para espalhar o propósito e os catálogos pelo Brasil. Muitas revendedoras possuem sua própria comunidade, onde inúmeras clientes compartilham suas experiências, feedbacks e necessidades. Do outro lado, a revendedora adota uma postura de ‘Community Manager’, que visa conectar, gerir e engajar essa comunidade.
De olho nisso, outras empresas decidiram unir o modelo de revenda com a construção de comunidades, como por exemplo a Muni, varejista que pretende crescer no social commerce adotando esse modelo. Os interessados em se tornar revendedores dos produtos através do catálogo digital, deverão adotar uma postura de líder de comunidade, onde se tornará responsável pela criação desta comunidade de clientes, adotando os mesmos papéis de um community manager.
Abrindo o leque de oportunidades e aplicações, o papel dos community managers pode ser aplicado a diversas áreas e segmentos. O próprio Social Media, responsável pela gestão das redes sociais de uma empresa, muitas vezes adota os mesmos comportamentos, já que precisa construir também oportunidades de engajamento e interações entre stakeholders e nada melhor do que as redes sociais para isso.
Autenticidade & Propósito
É notório que as comunidades aumentam organicamente o reconhecimento da marca, abrindo oportunidades comerciais e parcerias de longo prazo. Mas assim como o vendedor, o profissional que adota o papel de community manager precisa também saber na “ponta da língua” a agregação de valor completa da empresa, do seu propósito às características mais autênticas dela. Engajar uma comunidade envolve conexão e objetivos, afinal, o que une os membros são os interesses em comum, e é papel do community manager entender e constantemente criar as oportunidades certas para essa troca.
Seja você um negócio que pretende inovar seus processos e produtos, ou uma marca que pretende aumentar sua receita ou LTV (lifetime value), é fundamental construir as suas comunidades e estar em contato com os Community Managers. Eles serão os grandes interlocutores e a ponte para o seu negócio se relacionar com a comunidade que deseja.
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