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Apps are calling

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Nos últimos anos, o mercado de mídia se afunilou em poucos players, o de tecnologia no entanto, seguiu o caminho do Mobile de maneira diferente: diversificou, com a entrada de novos nomes (ou não tão novos, assim, né, Amazon?!), operadoras diferentes, fabricantes variadas e, óbvio, startups e desenvolvedores de apps que mudaram a forma de todos usarem celular. Para bom entendedor, duas sentenças bastam: os aplicativos são o espaço para estar no Mobile. E, mais do que um bom lugar, eles também apresentam uma oportunidade real para o mercado de mídia se libertar da dependência dos mesmos grandes nomes de sempre. Afinal, chegou a hora de descentralizar a capacidade de entendimento e ativação da audiência, e os aplicativos estão ligando…

Qual o seu número?

No primeiro trimestre de 2019, 30 bilhões de downloads de aplicativos foram feitos pelo mundo, os usuários gastaram um pouco mais de US$ 22 bilhões nas lojas de apps; e o principal crescimento foi visto entre os segmentos de entretenimento, delivery e finanças. Em 2018, os gastos com lojas de apps chegaram a US$ 101 bilhões; a expectativa é que o valor cresça para US$ 160 bilhões até 2023, encabeçado pela América Latina!  O tempo no celular também está crescendo: de 2016 até 2018, o tempo médio dos usuários nos smartphones cresceu 50%. Nos Estados Unidos, pela primeira vez, o tempo médio gasto usando o celular será maior do que o assistindo TV: 3 horas e 43 minutos de smartphone contra 3:35 na televisão. Quer um acréscimo a isso? Dessas quase quatro horas no Mobile, 80% do tempo será gasto em apps.

Full experience

No começo desta semana, a guru do mercado de tecnologia, Mary Meeker, compartilhou com a gente o relatório das tendências de internet de 2019. Nele, ela indicou o quanto o mercado de mídia está mais acirrado e está correndo atrás de contexto para chegar nos usuários de maneira mais eficiente. E como os dados são o material indispensável para se chegar nesse objetivo. Os aplicativos entram nesse bolo, afinal, podem ser uma fonte interessante – e diversa – de informações para as marcas. Exemplo? A Wendy’s, rede norte-americana de fast-food, que fez uma parceria com o GasBuddy, aplicativo que ajuda motoristas a acharem a gasolina mais barata mais perto. Assim, além de avisar quais os combustíveis mais em conta, o app passou a avisar qual restaurante da Wendy’s está mais próximo. É uma forma mais fácil de chegar no público alvo, famílias e pessoas que estão viajando pelo país, e de uma maneira quase natural: afinal, se um viajante precisa parar para abastecer, ele também pode aproveitar para comer um sanduíche, não? Com a parceria, a Wendy’s também ficará sabendo qual o tráfego real de pessoas para suas lojas espalhadas pelas estradas dos Estados Unidos, a mídia de agora gera entendimento para as próximas campanhas da marca.

Faz a dancinha…

A diversidade de funções dos apps é um grande benefício quando se pensa em mídia – tem chance de se estar em vídeo, voz, imagem, texto e até…bem, na mistura disso tudo. Foi o que aconteceu com a Nike. A empresa, como a gente já comentou aqui, tem focado bastante na experiência digital. No final de maio, ela foi além da sua rede de apps próprios e lançou uma linha exclusiva de sneakers Air Jordan apenas no Fortnite.Sim, os 250 milhões de usuários do jogo puderam comprar um skin para os avatares que continha os icônicos tênis da marca.

A presença da marca na foi muito comentada pelos gamers e comemorada por analistas, que interpretaram a ação da Nike como “genial” no mundo Mobile. O dono da Epic Games, por sua vez, chegou a dizer que essa não será a primeira colaboração do game com a Nike. O que significa que, bem, deu certo…

Sai pra lá, fraude!

Quando a gente começa a falar do assunto aplicativos, é difícil não pensar na imagem aí de cime, da garota fazendo downloads ao mesmo tempo para fakear a quantidade de alcance de uma aplicação. Apesar da foto ser de 2015, o medo continua: o temor por fazer mídia em app por conta de fraudes é presente em 52% das marcas e 36% das agências; enquanto as tensões com relação a viewability e de medição preocupa 48% das agências e 42% das marcas quando o assunto é fazer ads dentro de aplicativos, indicou pesquisa feita pela Forrester Consulting no ano passado.

Nesse sentido,  procurar por uma rede premium de aplicativos e usar parceiros que sejam conhecidos já é um caminho mais seguro – e que bloqueia essas preocupações. Acrescenta-se a isso uma outra camada: Big Data. A partir de análise de dados de uso do aplicativo,  é possível não só observar quem foi melhor impactado, como também entender a audiência de forma mais profunda. Como diria John Lennon, ou melhor, como diria a gente parafraseando ele: data is the answer.

Ring, ring, ring

Lembra de como era o mercado Mobile há cinco anos? Das promessas de diversidade, de chegar nas pessoas mais variadas, de estar com elas nos momentos decisivos? Em que hora isso virou apenas duas opções? E por que continua sendo ainda em 2019? Usando o exemplo lá de cima, do tempo gasto na televisão, você colocaria toda a sua mídia em apenas um canal de televisão, sabendo que a audiência tem acesso a mais de 2 bilhões de canais?

O telefone está tocando, tocando, tocando, a oportunidade está do outro lado, e aí, você vai atender?!

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