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Gen Z: Ame ou odeie, mas não ignore

Como a Gen Z vem provocando o mundo corporativo e o consumo

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Quando falamos em Geração Z o que vem na sua cabeça? Para alguns, a ‘Gen Z’ representa uma geração “mimada” com poucos esforços voltados ao trabalho, para outros, é a geração mais criativa e ágil que já tivemos. De um lado, críticas e estereótipos duros desta geração de jovens adultos, do outro, provocações e percepções interessantes que moldam a forma como consumimos e interagimos em nossos ambientes digitais e corporativos. No Morse Trends de hoje, decidimos percorrer o mundo da Gen Z e trazer algumas provocações – e dados – interessantes de como esta geração vem moldando a forma como consumimos conteúdo, interagimos e trabalhamos. E já fica o convite para você assistir / ouvir um episódio do Podcast Marketing & Negócios sobre Gen Z & Creator Economy no Youtube ou Spotify

Para começo de conversa…

Geração Z: Pessoas que nasceram entre 1995 e 2010. É o grupo demográfico que vem após os Millennials e precede a Geração Alfa. É a primeira geração que não viveu o analógico, ou seja, as tecnologias digitais já estavam presentes quando esta geração nasceu. É a chamada geração “Hiperconectada”. Mas esta hiperconexão tem suas consequências. 

A Balança da Geração Z

A balança da Gen Z é completamente diferente das demais gerações. Enquanto as outras gerações têm a noção prática de carreira e desenvolvimento a longo prazo, a geração z vem testemunhando o crescimento explosivo de influenciadores e creators que atingem rapidamente altos níveis de sucesso financeiro e digital. E aqui tem os dois lados da moeda. De um lado esta geração visualiza alguns cases reais de sucesso, por outro, é bombardeada de histórias fakes de sucesso – fruto do boom das redes sociais e dos coaches que exploram a síndrome do impostor desta geração como negócio – algo que trouxemos como pauta por aqui. E se esta geração já é hiperconectada e ansiosa, as coisas só se intensificam neste cenário, o que leva uma busca de gratificação instantânea e a subestimar o valor do esforço contínuo e da paciência. 

Por outro lado, com as novas tecnologias e formatos de conteúdo, surgem novas profissões e oportunidades de empreendedorismo. E esta geração não só possui uma agilidade no ambiente digital, como também cria novas tendências, formatos e formas de consumir conteúdo. A forma como a Geração Z consome conteúdo fez com que o TikTok batesse recorde de downloads, atraindo as outras gerações a entrar nas tendências, e o principal, mudando toda uma forma de consumir conteúdo e marcas. 

“Eu Não Sou Meu Trabalho”

A balança também muda quando se trata da relação da Geração Z com o trabalho. Diferente dos Millennials, que abraçam a cultura workaholic e identificam-se fortemente com suas carreiras, a Geração Z adota a filosofia do “eu não sou meu trabalho”. Este distanciamento entre identidade pessoal e profissional pode ter um impacto significativo nas empresas e na gestão de negócios – e tem seus prós e contras. 

Estudos mostram que, enquanto 61% dos membros da Geração Z veem o trabalho como uma parte significativa de sua identidade, uma porcentagem maior de chefes (86%) acredita o mesmo. Esta diferença de percepção pode gerar desafios na motivação e retenção de talentos. Empresas precisam se adaptar, criando ambientes de trabalho que respeitem a saúde mental e o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. E talvez aqui entre uma parte onde a Geração Z aparenta ser mais madura…eles valorizam a criação de impacto positivo sem sacrificar seu bem-estar, já que viram os efeitos negativos do burnout nas gerações – principalmente nos Millennials (considerada a geração que mais teve burnout – Sciente of People). 

“Me entretenha” 

A Geração Z transformou plataformas como o TikTok em gigantes da mídia social, evidenciando seu desejo por conteúdo rápido, autêntico e menos produzido. As marcas passaram a se moldar para atender essas novas demandas, focando em uma presença digital que pareça genuína, mais humanizada e não artificial – apesar de vivernciarmos uma época forte de IA. O entretenimento passou a ser um mecanismo para engajamento nos conteúdos digitais – não só desta geração, mas das demais que passaram a seguir o mesmo comportamento da geração z. O cômico desta relação é que muitos criticam a Geração Z pelas danças e “consumo raso” no TikTok, mas este comportamento influenciou as demais gerações e provocou mudanças nas plataformas concorrentes e tecnologias que estão atreladas ao consumo de conteúdos. 

Seja você um recrutador, líder ou empreendedor, a Geração Z traz questionamentos importantes para o mundo corporativo e também para o mercado, mas carrega também as dores e os impactos negativos da hiperconectividade (fora o impacto das crises econômicas e pandemia que influenciaram diretamente suas percepções de mundo e crescimento). E isso nos leva a importância de trocas entre as gerações e abertura para ir além de suas percepções atuais. Talvez você concorde, ou discorde do comportamento da Geração Z, mas não deixe de considerá-la em sua estratégia, gestão ou ciclo corporativo. A diversidade de pensamentos, trocas e competências nos levam a um ambiente mais competitivo e aberto à inovação. 

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