Morse News
Quem sabe faz Shoppable vídeos
Live commerce agora é “shoppabe videos”. Saiba aqui porque o YouTUbe, o TikTok, o Snapchat e até o Mercado Livre estão apostando nisso.
Um dia você acordou e foi assistir um conteúdo no MercadoLivre e na Magalu para se divertir. Depois, decidiu comprar uma coisinha, e foi lá procurar no YouTube, no Pinterest ou no Roblox e, no final do dia, ainda fez aquelas comprinhas básicas na Netflix. Está tudo de cabeça para baixo? (Quer dizer, menos para você que está acompanhando o Morse há algum tempo, porque já falamos do poder do live commerce em outubro do ano passado). Não, jovens padawans, apenas chegamos na pontinha do que o live, e o content, commerce pode trazer em termos de mudança de mercado.
Live YouTube
Primeiro você vai ficar meio “nossa, live commerce é tãão 2020”, isso porque a maioria das redes sociais que estão anunciando suas áreas de compra estão colocando um outro nome nisso: shoppable videos (sim, guarde esse termo para 2022). Em outras palavras, um espaço na live onde o usuário pode clicar e comprar o produto. Em outras outras palavras: live commerce. De qualquer forma, a transformação mais recente veio do YouTube. A plataforma de vídeos online do Google vem tomando uma invertida do TikTok desde o ano passado e em diversas frentes, e uma delas é justamente em content commerce já que a nova queridinha do memes anunciou em Agosto a parceria com a Shopify para viabilizar as transações dentro do app. Para surfar essas oportunidades, “contra atacar” o movimento do TikTok e até se preparar para os avanços de novos Players como Amazon Ads, o Google resolveu trazer uma novidade para este Natal: comércio em vídeos. Desde o começo do ano, na real, o Google tinha iniciado uma conversa com um grupo seleto de youtubers, pedindo para que eles colocassem links rastreados de produtos que eles citam nos vídeos, sim, meio tipo Twitch ;). A ideia era entender se a audiência literalmente comprava as ideias. O resultado foi descobrir que 85% dos usuários do YouTube, de fato, confiam na galera que aparece lá indicando produtos para comprar. E 75% usam os canais da rede para se inspirar para compras (segurem essa informação). Tanto que, no meio deste ano, o YouTube criou uma área somente focada em shopping. Mas falando mais da feature que eles vão lançar neste Natal, será primeiramente voltada para produtos de beleza, que sabemos ser a joia da coroa do live commerce, e de tecnologia, e estará aberta para alguns criadores norte-americanos. De acordo com um executivo do YT, há chance de ter uma expansão para a venda de produtos digitais, como criptomoedas.
#TikTokmademebuyit
Vídeo onde se pode comprar? Snapchat e TikTok já estão nessa há alguns meses, mas via parcerias. A Snap fez parceria com a Verishop lá em julho. Já o TikTok apostou no Shopify e depois expandiu para outros serviços, como Square, OpenCart e Wix para oferecer a experiência de compra dentro do app. Lembrando que eles já entendiam o fator TikTok na venda de produtos, tanto que existe uma hashtag unicamente para isso – e que já foi repetida mais de 5 bilhões de vezes em postagens no app. Um bom momento para lembrar que, na pátria mãe do TikTok, uma única live com criadores conseguiu vender US$ 1,9 bilhão em um único dia – a maior parte de produtos de beleza, apresentados no espaço por influencers. E o Netflix também entrou nessa com o Netflix.Shop.
Live Pinterest-Snap-TikTok & tudomais
O que nos leva para o Pinterest. A rede que entende bem de inspiração e de ser um espaço para unir comunidades e gostos agora coloca seus pés no final do funil da conversão.. No começo de novembro, a rede lançou a Pinterest TV, um “canal” que vai ao ar no aplicativo da rede iOS e no Andoid e vai contar com uma série de apresentadores “famosos” por inspirar os usuários – e também por aparecer em diversos boards de pins, como é o caso do atleta olímpico Tom Daley. Os vídeos, obviamente, terão um espaço “shopable”, e servem para testar a tese de que o Pinterest consegue levar da inspiração à compra. Junto da Pinterest TV, a rede também lançou o Pinterest Studio, para dar apoio às futuras lives de compra.
Meli-Flix
No Brasil, o Mercado Livre lançou a Mercado Livre Live, que vai funcionar nos mesmos moldes da Pinterest TV num primeiro momento. O pequeno detalhe aqui é que o Mercado Livre já é um e-commerce. Ele já tem a infraestrutura para suportar compra e venda de produtos. O passo para ter o conteúdo vai se basear na sua rede de vendedores do marketplace. Porque diferente do Pinterest, que vai ficar apenas nos criadores de conteúdo, a Meli projeta abrir o seu canal de Live para todo mundo que tem loja no app. A ideia é ficar um canal ao vivo o dia inteiro, apenas vendendo e apresentando produtos. Ainda tem um espaço aí para a Meli aprender o conteúdo. Do outro lado, a Netflix, que já tem todo o conteúdo, vai passar a ter algumas experiências compráveis ligadas às suas séries. A empresa de streaming já tinha testado abrir uma “netflix shop” para vender produtos ligados às suas produções, agora vai dar um passo que chega bem próximo do Live Shopping. Eles informaram nesta semana que a segunda temporada da série Emily in Paris vai ter uma experiência ‘comprável”. A ideia é vender os looks fashion que aparecem na série. E se a ideia cresce para os games que a Netflix está querendo lançar?
Segue o Link!
Mais do que todos os números e bilhões de vendas projetadas, o interessante é observar o ecossistema criado pelo live shopping. Empresas como Shopify, por exemplo, tem crescido bastante neste vácuo. A receita da companhia, que é uma facilitadora de ferramentas de e-commerce, chegou a US$ 1,12 bilhão no terceiro trimestre, 46% maior do que no ano passado – e o detalhe: esse foi considerado um número “ruim” pelo mercado, já que eles vinham numa alta de receita ainda mais acelerada (na casa dos 86%!!!). O Shopify, que se diz ser “a arma da aliança rebelde” contra o “império da Amazon” fez uma série de parcerias para poder fazer o e-commerce ao vivo decolar em plataformas. Spotify, Google e o TikTok – que falamos lá em cima – foram algumas delas. Nessa semana, no entanto, eles se conectaram com uma startup digital que apoia os criadores de uma forma menos óbvia. Estamos falando do Linktree, aquela plataforma para se criar “link na bio” que já tem mais de 18 milhões de usuários no mundo. A partir de agora, os usuários poderão criar lojinhas nos links, permitindo que qualquer criador se torne uma loja. Aqui é mais do que live commerce, mas quase um everywhere-everyone commerce.
Do B2C ao B2B… Com um oi para o Bill (Gates)!
Se essa conversa toda é muito B2C para você, saiba que esse movimento também está acontecendo no B2B! A Salesforce anunciou a criação do Salesforce+ (e aqui fica a nossa pergunta, quem disse que “+” é sinônimo de vídeos!?!?) com estúdio próprio e com foco em educar o mundo corporativo com foco em… em…? Vender seus produtos e serviços corporativos… E aí fica o ponto: e a maior rede social de negócios do mundo, o Linkedin, que já tem sua frente de conteúdo e learning, e a retaguarda da Microsoft, vai virar live e content commerce quando? Bill!? Até aqui no Morse já estamos de olho nessa tendência! Tanto que, desde Novembro do ano passado (sim, já tem 1 ano e vamos comemorar em breve) temos em parceria com a Claro o MorseTV (podia ser Morse+ né? rs) com nossa programação semanal sendo transmitida em tempo real, toda terça, às 13:00 no Canal 500 da NET / ClaroTV.
Live Data and Attention Economy
Se tem uma frase que a gente repete demais por aqui, é: “its the data!”. O live commerce criou um caminho extra para as redes oferecerem monetização para os criadores – mantendo-os ligados na plataforma, e para os e-commerces oferecerem conteúdo relevante aos usuários – para, vejam só, manter os usuários ligados na plataforma. Mas, vamos falar a real, a receita adicional de vendas não é nem próximo do que a receita de ads da maioria desses apps? Isso até o momento em que vivemos… Isso porque, com as mudanças das regras de compartilhamento de dados de Plataformas como Apple e Google, empresas como Facebook estão perdendo sua capacidade de otimizar suas campanhas baseadas nos dados de transação que acontecem em plataformas externas. E com esse cenário evoluindo, trazer a transação para dentro do seu ambiente é a única alternativa de bater de frente com quem já é transacional por essência e está agora atrás do outro pilar desse jogo, a sua atenção. CCitando este artigo que subiu hoje no NYT:” o Google não ama que a maioria dos americanos usem a Amazon para procurar produtos, no lugar de usar o seu search. Ou seja, não adiantar ter dados se você não tem atenção, e nem atenção sem ter os dados. E estes 2 pilares se unem nas novas formas e plataformas nas quais você vai começar a consumir conteúdo e fazer as suas compras.
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