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Você trata a sua tecnologia como colaborador?

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Imagine que a sua empresa contratou uma nova profissional, a melhor do ramo, com um contrato multimilionário! Esta profissional entra na empresa, conversa com diversos profissionais, mapeia todas as necessidades, faz diagnósticos e entende o que a sua empresa precisa melhorar. 

Contudo, ao entrar nas reuniões, o seu time passa a ignorar suas recomendações ou simplesmente começa a faltar ou reagendar reuniões com ela. Com o tempo, essa profissional passa a ficar no seu canto e na sua mesa, entendendo que as suas habilidades e competências não serão usadas da melhor maneira. Ela parece estar sendo despriorizada…mas continua recebendo seus milhões. 

O contexto acima não é sobre uma profissional. É sobre as tecnologias que a sua empresa contrata.  

Este contexto é apresentado por Nadjia Yousif, consultora de tecnologia, em seu TED “Why you should treat the tech you use at work like a colleague”. Segundo ela, a situação acima acontece constantemente quando as empresas investem milhões de dólares em novas ferramentas tecnológicas e no fim seus funcionários passam a desconsiderá-las. 

No vídeo, ela traz conselhos sobre como colaborar melhor com as tecnologias no seu local de trabalho – tratando-as como colegas. E neste Morse Trends vamos resumi-las para vocês e é claro, dando nossos toques de Morse 😉 

Buyers vs Owners vs Users 

Sabemos que quem compra a tecnologia, quem é o responsável por ela e quem a usa não é necessariamente a mesma pessoa. Em grandes empresas então há dezenas de reuniões até o fechamento, alinhamento e implementação com diferentes pessoas – Em muitos casos é tão confuso que nem alocam um “dono” para o projeto (e assim, a tendência do projeto morrer é maior). Um dado curioso é que 25% dos projetos de tecnologia são cancelados ou apresentam coisas que nunca são usadas. Existem diversos fatores que contribuem para um projeto de tecnologia não engajar ou avançar dentro da empresa (inclusive o próprio produto). Mas entender a diferença entre o Buyer, Owner e User da tecnologia é fundamental tanto para o fornecedor entender as características e entregas para cada uma das partes, quanto para o cliente se organizar e saber como se estruturar de maneira eficiente. 

Vamos a um exemplo prático…

O Buyer (Diretor de Marketing) é inovador e acredita no projeto, tem a expectativa de trazer grandes resultados e fecha o projeto. O Owner (parte da gerência), já é mais cético e tem medo das pressões e expectativas altas de seu diretor. Já o User (que são analistas ou, em outros casos, time de pdv) muitas vezes não sabe qual a expectativa, possui suas dúvidas e utiliza a plataforma do jeito mais “solto” possível. Em muitos casos, passa a ignorar o potencial e todas as possibilidades com a tecnologia. 

Expectativa vs Responsabilidades 

A verdade é que todos tem responsabilidades em um projeto envolvendo tecnologia. Do fornecedor, há a responsabilidade de fornecer suporte, metodologia, informações e o bom funcionamento da solução. Do cliente, há a responsabilidade de entender que o projeto faz parte de sua estratégia e operação, e é dever dele facilitar para o fornecedor a boa harmonia, comunicação e alocação dentro de sua operação. E não só isso, a interação entre o fornecedor e o cliente deve ser contínua para melhores resultados, adaptações necessárias e feedback do produto. 

E se tratássemos a tecnologia como um membro da equipe? 

A provocação – e solução – mostrada pela Nadjia Yousif é de começar a tratar a tecnologia como se fosse um colaborador e um membro do seu time. Construa um organograma onde mostre os membros do seu time e as tecnologias atreladas a cada membro. 

Com essa visualização, na prática conseguimos fazer e responder as perguntas certas:

  • Faz sentido esta tecnologia alocada desta maneira?
  • Quem são os líderes desta tecnologia?
  • Há muitas tecnologias para um só profissional? 
  • Este software está informando a pessoa certa? 
  • O time está lidando bem com a tecnologia?

A provocação dela é que ao tratarmos a tecnologia como membros do time, não só fazemos as perguntas e alinhamentos certos, como também os owners e users se sentem mais responsáveis por elas, tendo maior cuidado, colaboração e consideração. Na prática, é desde você agendar reuniões de atualizações e feedbacks até colaborações em conjunto. 

Leve a sua tecnologia para tomar um café 

Com colegas de trabalho marcamos cafés ou almoços para melhores trocas, conversas e até momento de construir melhor convivência. Com as tecnologias, podemos fazer o mesmo. Não só é claro contar com o time de atendimento do fornecedor para essas trocas, mas principamente você ter um momento “a sós” com aquele projeto e tecnologia. Entender a relação, a troca, o bom uso, as possibilidades, as melhorias e características que precisam ser interpretadas e também aceitas. 

Seja você owner, buyer ou user, ou um fornecedor de tecnologia, interpretar a solução como um membro do time poderá ser um bom caminho para melhor engajamento, usabilidade e resultados. 

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