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Você quer tendência, @?

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A GSMA Intelligence, referência em análise do mercado móvel, publicou a versão mais recente da sua pesquisa Global Mobile Trends, com riqueza de dados e insights sobre a direção da indústria global de comunicações para os próximos anos.

Alguns pontos são previsíveis: a internet se tornará cada vez mais mobile e a evolução do 5G trará mais oportunidades no mundo da Internet das Coisas (IoT).  Mas existem aspectos relacionados a mercados em crescimento e aplicações do 5G que vale a pena ficar de olho. Para facilitar a sua, a minha e a nossa vida, fizemos um apanhadão dos principais temas levantados no documento: é só ler, se informar e impressionar na próxima reunião com a chefia.

Expansão África-Ásia

Das 1,6 bilhões  novas conexões móveis que serão criadas até lá, cinco países representam 50% do crescimento. China e Índia são de longe os maiores, responsáveis por 321 e 308 milhões de novas contas, respectivamente. Indonésia, Nigéria e Paquistão seguem a lista, que depois fica pulverizada nas regiões da África Subsaariana e Sudeste Asiático.

O crescimento concentrado acontece porque a África é a região que apresentará um aumento mais expressivo no percentual de novos usuários de smartphones: quase 30%. Para comparar, durante o mesmo período a América Latina está com uma estimativa de 13%.

Globalmente falando, é esperado que a adoção dos celulares atinja 80% até 2025.

Dois fatores estão por trás da ascensão da internet móvel em países emergentes: a queda contínua dos preços de celulares, alavancada em especial pelas fabricantes chinesas e suas margens de lucro mínimas, e uma redução nos preços dos planos de dados, particularmente importantes em países em desenvolvimento, com populações com menor renda e internet fixa cara.

Para se dar bem nessas regiões, o report indica a importância de adequar seu produto à realidade desses países que, na sua maioria, têm uma conexão com a internet bastante instável e idioma e costumes muitos diferentes dos mercados europeus e americanos, que são usados como padrão.

Pioneiros se deram bem

Ao analisar quais áreas estão mais capacitadas para explorar novos negócios, serviços que sempre focaram na experiência para smartphones estão muito bem, obrigada.Aplicativos de mensagens e redes sociais apresentam uma proporção de uso alta, de acordo com a infraestrutura dos países pesquisados. No caso de streamings de vídeo (como YouTube e Netflix) sua adesão despenca em regiões mais carentes de uma banda com maior qualidade.

Se há um mercado que está bem encrencado é o do e-commerce, que vai mal em regiões nas quais todos os outros serviços estão com desempenho semelhante . Isso acontece devido à demora para a criação de sites responsivos e uma estratégia que priorize o mobile. Como diz o cancioneiro popular: Run, you fools!

Vai ter 5G – mas não do jeito que você pensou

Até 2025, a estimativa da GSMA é que cerca de 1,3 bilhão de pessoas tenham acesso a conexão rapidona. O problema é que os custos relacionados à montagem e manutenção da rede ainda serão bem caros. A tendência é que algumas indústrias dominem o uso da tecnologia. Para as operadoras que desejam comercializar o 5G, elas terão que decidir se os serviços corporativos de IoT e 5G serão vendidos como apenas conectividade (e mais baratos) ou parte de pacotes de serviços, incluindo data & analytics (maior valor).

Por isso, não se engane: o LTE (mais conhecido como 4G) ainda tem vida longa e próspera no mundo, representando 57% das redes de comunicação móveis usadas no mundo.

IoT das massas (trabalhadoras)

Até 2015, haverão 25 bilhões de coisas conectadas, de todos os tipos. Só que, no quesito utilização, o caso é bem parecido com o de 5G:  apesar de presente nas casas por meio de assistentes vocais e campainhas automáticas, o lado proletário da IoT será a maior fonte de conexões e crescimento daqui para frente. Aplicações, plataformas e serviços (incluindo análise de dados em nuvem e segurança), fazem da área o setor de maior crescimento, impulsionado pela contínua digitalização das indústrias.

E fica a dica: ainda que hypado, o setor de IoT com foco em soluções domésticas ainda não tem players consolidados, já que boa parte dos investimentos para essa tecnologia estarão voltados para a indústria por motivos de: mais dinheiros.  Dá uma olhada nas soluções já criadas para ver se, quem sabe, uma nova ideia não acaba surgindo?

Criar ou licenciar: eis a questão

Quando o assunto é conteúdo em vídeo, as plataformas do formato de streaming estão investindo pesado na produção de conteúdos originais. A Netflix, por exemplo, apesar de não ter o maior valor reservado para essa tarefa, apresenta um crescimento maior ao longo dos anos. O objetivo dessa corrida é conquistar o coração e o bolso da população entre 18 e 34 anos, que está disposta a pagar por conteúdos on-demand. Temos gráfico para provar? Temos gráfico:

Para as telcos, existem dois caminhos sugeridos por quem almeja um lugar nesse novo mundo: trabalhar na produção/venda de conteúdo próprio (num formato parecido com o realizado pelas novelas) ou obter licenças de programas bem-sucedidos (como quandoLost ou Breaking Bad, seriados com fama internacional, foram comprados e transmitidos por emissoras daqui).

Crescimento à mineira

Quando falamos sobre a porcentagem de receita gerada diretamente pelo mobile, as notícias não são lá muito boas: após um pico entre 2018/2019, o crescimento do setordeve estacionar em 1% pelo menos até 2025.

O que pode ser feito para aumentar o faturamento é a aposta em fontes de renda periféricas, em especial no setor de serviços, como jogos, aplicativos etc.

Por fim, highlights da nossa querida região

De acordo com o report da GSMA, a prioridade para a América Latina é a expansão do 4G, presente em 2017 apenas em 30% dos smartphones conectados. Até 2025, é esperado um salto que o padrão esteja presente em 64% dos aparelhos. Outro desafio na região é diminuir o preço cobrado pelos pacotes de internet e produzir conteúdo que esteja em linha com as necessidades da região.

Resumão da ópera: está tudo mudando e ser rápido fará a diferença. Lembrando que, para conferir a versão completa do report, é só clicar ali >>> aqui.

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