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Um formato para chamar de seu
Sua audiência reconheceria seu conteúdo mesmo sem a sua marca?
Já pensou em fazer o seguinte teste? Pegue seu canal de relacionamento com seus clientes, das campanhas publicitárias ao conteúdo gerado em seus canais digitais; blog, newsletter, redes sociais etc, e tire a sua marca. Sim, deixe-o como um canal ou conteúdo “brandless”, envie para algumas pessoas que já conhecem sua marca e estratégia de conteúdo, sem deixar claro que você está enviando, e espere o feedback. Qual seria a reação?
Agora pense ao contrário, imagine você ligando a sua televisão e se deparando com um programa no qual 22 participantes ficam trancados em uma casa por volta de três meses realizando uma série de provas e sendo avaliado pela audiência até que sobre apenas um vencedor.
No segundo exemplo, John de Mol, sócio da Endemol, criou em 1999 o Big Brother, formato que até hoje é licenciado mundo afora e que com certeza seria reconhecido pela sua audiência caso alguém tentasse copiá-lo sem os devidos créditos.
Mas por que essa provocação? Porque nós últimos tempos, com a aceleração das empresas em estratégias de conteúdo, passamos a ver cada vez mais do mesmo. Você com certeza já ouviu a frase “Pode copiar, só não faz igual”, seja em trabalhos de faculdades, memes na internet sobre cópias de campanhas ou diversas outras situações. A verdade é que esta frase está muito mais presente no dia a dia das empresas do que você imagina. Na construção de estratégias de conteúdo, muitos negócios se inspiram e abraçam (muitas vezes até demais) as referências. O próprio livro do designer Austin Kleon, “Roube como um artista” aborda como nada é original e a importância de abraçar as influências, coletar ideias, misturar e reimaginar para achar seu próprio caminho. Por aqui entendemos a importância das inspirações e referências, mas o quanto esse processo facilita ou impede a criação de um formato proprietário e a construção de um real diferencial na sua empresa? Será que o seu negócio não estão no “modo automático” do “pode copiar, só não faz igual”?
A construção de conteúdo naturalmente demanda um processo criativo e dedicação de tempo e recursos. É quase natural que os negócios busquem facilitar esse processo espelhando formatos já criados. “Mas nós fazemos melhor” é uma frase muito utilizada e apesar de ter o seu valor, o “melhor” e subjetivo, portanto, atente-se que “o melhor” é só uma questão de percepção ou até de de tempo.
Aqui no Morse sempre tentamos nos aventurar em novos formatos; criamos o Ghost Interview, nosso formato proprietário que cria uma narrativa em forma de entrevista para relatar opiniões e visões das principais vozes do mercado sobre os temas mais quentes do momento. No passado tivemos também o LearningCast, um formato de conteúdo em áudio que, de forma leve e descontraída, trazia pílulas de conteúdo com ensinamentos sobre siglas, conceitos e temas de nosso mercado. E, para quem vem acompanhando, mais recentemente lançamos o Audio News, um áudio resumido com as principais notícias de tecnologia e inovação aplicadas aos negócios distribuído via WhatsApp, Telegram e Podcast.
Fazer isso dá trabalho e sabemos dos desafios, já que tudo que é novo tem um maior risco.
Por outro lado, quando se acerta, cria-se algo que pode extrapolar sua estratégia de conteúdo e ajudar a fortalecer os pilares de sua marca e do seu negócio. Além disso, o frio na barriga e a sensação de estar explorando algo novo, acaba criando uma cultura própria que pode engajar sua equipe, sua audiência e seus clientes fazendo com que eles possam explorar algo novo mesmo seguindo no mesmo canal.
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