Morse News
Touchdown!
Quem vai ganhar o SuperBowl desse ano? Pelo que indica a NFL serão os dados. Pela primeira vez na história, todos os times da principal liga de futebol americano dos EUA têm acesso a informações de seus jogadores em tempo real devido a chips instalados em seus uniformes e capacetes. E, não se enganem, os números não estão sendo utilizados apenas para medir e melhorar o desempenho de cada time.
#10yearschallenge
Para vocês terem ideia do tipo de dado que estamos falando: os times conseguem um registro da localização de cada atleta 12 vezes por segundo e estão preparados para dividir essas informações com os fãs em nome do entretenimento. É um passo muito à frente da Fórmula 1, que foi pioneira em mostrar os stats dos carros para o público em um aplicativo chamado “F1 – Timing and Position” lançado em 2009 – e relançado este ano.
Fair Catch
Quando captados, os números de velocidade, quedas, tempo de jogo, jogadas e, até mesmo, lesões de cada atleta, são usados para entender o comportamento de cada jogador. Para o público, os dados podem significar entretenimento melhor e experiências refinadas.
Jogos de videogame como o “Madden NFL” utilizam mais de 60 pontos de informação dos principais jogadores da liga para recriá-los em tela e, assim, conseguem reproduzir o time da forma mais fiel possível.
A captação em tempo real das informações de jogadores também traz um upgrade para os fantasy games, jogos como o Cartola FC(FUN FACT: o Cartola contabiliza os stats dos atletas a partir de algoritmos que leem imagens das câmeras).
Most Valuable Player
Com tanta informação em mãos, a NFL criou o Big Data Bowl: uma competição quepremia o data scientist que tiver os melhores insights sobre futebol americano observando os stats dos times. O campeão ganha ingressos, mil dólares em crédito para produtos da Liga, além da chance de se apresentar para as principais comissões técnicas.
Além disso, a liga de futebol americano também já está de olho no que acontece no hóquei, basebal e basquete lá dos states, onde casas de apostas (legalizadas, lógico) fecham contratos milionários com as associações para obter os dados de jogadores. No ano que vem, por exemplo, os usuários da MGM poderão apostar em qual jogador de hóquei corre mais rápido na partida e em quais atletas batem mais forte no disco.
Moneyball
Esse uso intenso e comercial dos dados de jogadores está levantando discussões sobre como os contratos dos atletas devem ser escritos. “Agora todos entendem, mas há 50 anos, as pessoas não compreendiam as oportunidades dos direitos de transmissão. Os dados podem seguir esse mesmo caminho”, afirmou o presidente da Associação de licenciamento e marketing da NFL, Ahmad Nassar.
No começo desse ano, atletas, líderes de times de futebol, membros da NFL e executivos de empresas que fazem gestão de dados criaram uma comissão para discutir maneiras de medir e de cobrar por essas informações geradas em campo.
Smart-sport
Mas a gente nem precisa ser um Tom Brady para tentar se tornar o jogador mais valioso (o famoso MVP), isso porque, devices de captação e análise de dados de desempenho já existem para nós, pobres mortais. Na semana passada, a Nike lançou o seu primeiro“smart sneaker”, que é capaz de se adaptar ao pé do usuário a partir do tipo de uso.
Voltado para aqueles que jogam basquete – mas não necessariamente são profissionais – o sistema do tênis é capaz de entender a pisada, a velocidade e o impulso do usuário e muda quando ele precisa. O sneaker se conecta a um aplicativo que lê as informações de uso e entende como alterar o tecido e o amortecimento, além de dar chance do dono ler como foi a sua performance e melhorá-la.
Tal qual os chips das camisas dos jogadores da NFL.Mas este não é o primeiro smart-wearable para esportistas: há um tempo já as “smart-raquetes”, capazes de captar e analisar dados de força de rebatida, estão no mercado. Até mesmo “smart-luvas” chegaram aos lutadores de box amadores. A ideia é a mesma:quanto mais você entende o seu desempenho, maior a sua capacidade de superação.
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