Para nós aqui no Morse um dos maiores desafios é saber o quanto você, que nos acompanha por aqui, está gostando, ou não, de nosso conteúdo. Você está gostando das Pautas? Será que o tom de voz está adequado? Faltou um ar mais alegre ou exageramos na brincadeira? Trouxemos dados suficientes para sustentar nossas argumentações ou exageramos em dados e ficamos com um texto mais carregado? E nossas provocações, fizeram sentido para você? Ao final, conseguimos gerar uma semente de provocação sobre um novo assunto ou tendência que possa te ajudar no seu dia a dia profissional?
Bom, para todas essas dúvidas dependemos sempre do feedback da audiência, seja de forma direta ou indireta, seja informal ou mais estruturada, mas sabemos que muitos leitores, assim como consumidores, por vezes não tem tempo ou mesmo vontade, de parar e dar feedbacks estruturados sobre os produtos ou serviços que consomem e que, no momento que perdem o interesse por algo, simplesmente deixam de consumir. Esse comportamento gera um grande desafio para qualquer empresa, produto ou serviço, que tenta atuar de forma proativa e preditiva para evitar essas perdas.
Mas, e se pudéssemos simular o comportamento de um leitor do Morse, tentando entender, para cada persona que nos acompanha aqui, qual o impacto de cada conteúdo que geramos? Desta forma poderíamos seguir nos retroalimentando com foco em otimizar as pautas, conteúdos, formatos e abordagens, antecipando quaisquer problemas que pudessem gerar atritos e evitando o churn de nossa base. Mas, como poderíamos fazer isso?
Uma ajudinha da Inteligência Artificial
Todo mundo sabe que a IA Generativa expande nossos cérebros como a eletricidade amplificou nossos músculos, mudando a maneira como entendemos o trabalho humano.
Imagine um mundo virtual onde você pode espelhar o Mundo Real, permitindo que você veja o futuro ou cenários futuros potenciais? E imagine fazer isso com pessoas reais, permitindo que você preveja seu comportamento e ações?
Historicamente, qualquer pessoa real se expressou através da escrita, voz e imagens. Hoje em dia, qualquer IA generativa pode fazer o mesmo, abrindo a possibilidade de criar o que se chama de Personas Sintéticas.
Mas o que são Personas Sintéticas?
Uma Persona Sintética representa uma pessoa específica ou um grupo de pessoas com perfis e características semelhantes, simulando suas ações e preferências para entender, analisar e prever seu comportamento a partir de um determinado input. Hoje, uma persona sintética criada com modelos de IA generativa já mostra que suas respostas estão se aproximando ou até superando níveis humanos de conhecimento e empatia em suas interações em vários contextos sociais, como no local de trabalho e em relacionamentos.
Assim, aproveitando as Personas Sintéticas, podemos replicar ou criar um gêmeo digital de qualquer pessoa para simular comportamentos e ações, e desta forma você pode criar os “gêmeos digitais” que representem cada persona dos seus clientes ou potenciais clientes.
Personas Sintéticas para o seu negócio ou marca?
Imagine integrar as Personas Sintéticas no seu negócio e marca, mudando a maneira como você cria valor, aprimorando seu desenvolvimento estratégico e a tomada de decisões. Elas podem ser utilizadas em diversas aplicações, desde atendimento ao cliente até marketing e entretenimento. Este modelo ajudará você a criar, testar, refinar, fazer brainstorming e prever qualquer necessidade de negócio, desde aprimorar a estratégia de marca, obter novos insights de mercado até desenvolver maneiras de aumentar o engajamento do cliente.
Segundo Alex Espinosa, Head of Innovation da CBA B+G, “para qualquer marca e negócio será necessário recriar suas Personas Sintéticas e alimentá-las com suas informações e desafios principais para aprimorar as capacidades de tomada de decisão do negócio.”
Tudo pode ser sintético?
Embora as Personas Sintéticas ofereçam inúmeras vantagens, elas também levantam questões importantes: Como garantimos a autenticidade e confiança em interações mediadas por IA? Será que estamos prontos para substituir o toque humano em áreas sensíveis como saúde e educação? A criação de Personas Sintéticas nos leva a repensar a ética e a responsabilidade na utilização de IA, desafiando-nos a encontrar um equilíbrio entre inovação e humanidade.
As Personas Sintéticas estão transformando a forma como interagimos digitalmente, oferecendo oportunidades únicas para personalização e eficiência. No entanto, sua adoção deve ser cuidadosa e ética, garantindo que complementem, e não substituam, o toque humano. À medida que navegamos por esse novo território, o diálogo contínuo sobre suas implicações será crucial para moldar um futuro onde a tecnologia serve para enriquecer nossas vidas, e não aliená-las. Se você quiser entender mais sobre o assunto, e suas aplicações no marketing e branding, fica aqui o convite para participar do Webinar “Branding & Personas Sintéticas”, realizado por Alex Espinosa, Managing Partner e Head of Innovation da CBA B+G e Célia Nishio, Head de Consumer Insights da Nestlé. Uma oportunidade única para entender na prática sobre as Personas Sintéticas e como você pode trazer esse conceito para o dia a dia da sua empresa ou negócio.
