Lizandra Freitas General Media, Clear Channel
O OOH está surfando um ótimo momento no mundo e também no Brasil. A inovação e a tecnologia sempre estiveram por perto com “projetos especiais” mas agora vemos como isso está sendo incorporado ao core business e dando uma nova roupagem ao negócio como um todo. Qual sua visão sobre esse momento do mercado? E um pouco da sua leitura sobre o futuro próximo.
LF: Realmente estamos vivendo um ótimo momento para o meio em todo o mundo. O mercado percebeu o poder do OOH e sua presença no dia a dia do consumidor. Para quem vive em grandes cidades, é praticamente impossível não ser impactado por ele. E num momento de enorme fragmentação de mídia, somos, junto com a TV aberta, o último meio de comunicação de massa. E com a digitalização, estamos propiciando muito mais flexibilidade e qualidade na entrega das mensagens. Aqui no Brasil, o meio vem passando por uma grande transformação desde a introdução da Lei Cidade Limpa em São Paulo, com uma maior profissionalização das empresas do setor. Além do mais, nesse ano, introduzimos a primeira pesquisa de audiência do OOH no Brasil, o Mapa OOH. Com isso, clientes e agências podem mensurar o ROI de suas campanhas, como já acontece com outros meios. E como se não bastasse, o uso da tecnologia tem um papel fundamental nesta história, seja para mensurar seu impacto ou criar uma mecânica mais complexa com diferentes tipos de interações e/ou segmentações. Esta é uma das grandes vantagens do meio, criando a possibilidade de interações com outras plataformas, iniciando, continuando ou finalizando uma conversa com o consumidor em diferentes momentos da campanha. Por isso consideramos que o OOH não é um meio off-line e sim all-line.
“OOH não é um meio off-line e sim all-line.”, Lizandra Freitas.
Mobile meets OOH: Na sua visão, qual foi e qual deve ser o papel dos smartphones em projetos de OOH?
LF: Esse é um casamento perfeito! Temos toda a massividade do OOH com a precisão do mobile. As duas plataformas estão presentes na vida do consumidor no momento de deslocamento, uma complementando a outra. Além de várias possibilidades de interações (SMS, aplicativos, geolocalização, redes sociais etc) que temos entre os dois meios, o mobile contribuí com dados sobre a audiência do OOH, criando oportunidades para campanhas mais segmentadas em locais e horários pré-definidos.
E o mundo dos dados? Como Big Data está mudando a forma como os projetos de OOH são apresentados ao mercado? O que esperar daqui pra frente?
LF: Este é o grande pulo do gato! Por meio do uso de dados sócio-demográficos e geo/app/ads-behavioral, que o mobile nos fornece quase que em tempo real, temos uma visão mais completa sobre o perfil do público com quem o OOH está conversando. Isso abre possibilidades de estudos de audiência, como é o caso do MapaOOH, e de campanhas direcionadas de acordo com a audiência daquele local e momento. Além do mais, esses dados são a base para a efetivação da venda programática de OOH, que iniciamos há 2 meses, incluindo o meio dentro da programação automatizada de mídia digital. Ou seja, uma grande inovação que permite a segmentação de uma mídia de massa. Acredito que em pouco tempo seremos capazes de entregar aos clientes o resultado do impacto de cobertura de sua campanha e a real efetividade de cada ação integrada para a geração de venda lá na ponta.