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Espelho, espelho meu, alguém aparece mais do que eu!?

Você já testou a sua relevância nos novos canais de busca como redes sociais ou ChatGPT?

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Uma nova busca

Imagine que você quer fazer uma viagem para uma região que você ainda não conhece. Você quer saber os principais locais pra visitar, restaurantes, experiências, indicações de hoteis e dicas gerais da viagem. Num passado não muito distante a resposta seria simples “Google It”. Porém, diversas mudanças de tecnologia e comportamento estão mudando essa lógica e, seja para uma visão completa, ou mesmo para uma experiência diferente, você decide ver um vídeo de um creator de viagem no Youtube, procura por dicas de restaurantes no TikTok e pesquisa os hotéis e pousadas no Instagram para visualizar a qualidade. Não é um comportamento fora do comum, certo? Principalmente aqui no Brasil. O crescimento da creator economy, somada ao crescimento das redes sociais nos últimos anos e o comportamento social do brasileiro, deu espaço para que aqui as redes sociais se transformassem em grandes mecanismos de busca. Isso porque o Brasil é o segundo país que mais utiliza as mídias sociais para pesquisar marcas e ver seu conteúdo de acordo com a Global Web Index. Além disso, 75% dos consumidores brasileiros usam as mídias sociais para pesquisar produtos e/ou serviços, segundo pesquisa da Opinion Box e All In. O próprio Google assumiu que 40% dos jovens estão deixando de procurar no Google para pesquisar nas plataformas de TikTok e Instagram através dos vídeos curtos. 

E A.I.!?

Um outro comportamento que também está preocupandoo Google, e outras empresas que vinham tentando entrar no business de buscas, é o ChatGPT, ferramenta de IA da OpenAI que está bombando nos últimos meses a ponto de a Alphabet (dona do Google) emitir um “alerta vermelho” após o lançamento do ChatGPT, já que foi considerada uma ameaça ao Google por não ter anúncios e responder comandos com alta assertividade. E o assunto ainda deve render pois, além de todo o hype, a Microsoft, que vale lembrar é proprietária do Bing (aquele buscador que até esquecemos que existia), investiu mais $10bi no projeto de inteligência generativa.

Creator Economy e Redes Sociais 

A facilidade na criação de conteúdo permitiu que qualquer um se tornasse creator, aumentando o volume e a diversificação de conteúdos criados nas plataformas de redes sociais. E o Brasil é o país dos creators e influenciadores. Há 500 mil influenciadores digitais com mais de 10 mil seguidores, levando em consideração microinfluenciadores esse número chega a 10,5 milhões. Além disso, outro dado da Hootsuite e We Are Social mostra que somos o segundo país que mais segue influenciadores. Diante desse cenário, a forma como consumimos marcas, conteúdos e formatos é altamente influenciada por creators e influenciadores. E como o ambiente destes influencers são as redes sociais, elas se tornaram o principal mecanismo de pesquisa do brasileiro. Agora, imagina cruzar creators economy com inteligência generativa… Sim, você pode hoje mesmo criar o seu próprio avatar, com uma imagem através de plataformas como MidJourney ou Dall-e, e depois com conteúdos através do ChatGPT…

O efeito TikTok 

O TikTok foi o aplicativo mais baixado no último ano e representa uma mudança significativa na forma como consumimos conteúdos e creators. Os creators que estão ali gerando conteúdo de forma constante, nichada e com boa receptividade, crescem e se tornam fonte de informação e conteúdo. De acordo com a Box 1824, 78% dos usuários do TikTok concordam que o aplicativo é uma ferramenta de busca para encontrar novas opções de produtos e/ou serviços.

Novas alternativas 

E não só as redes sociais estão desafiando os mecanismos de busca tradicionais como o Google, mas a Inteligência Artificial e outras alternativas também.  Segundo Paul Buchheit, criador do Gmail, em um comentário em uma rede social, “o Google está há dois anos de chegar ao fim” e “ “o sistema de IA irá eliminar a página de resultados de buscas”. A tecnologia preocupa a big tech já que grande parte da receita da emrpesa vem de buscas realizadas no site, além da comerciaização de serviços de links e palavras patrocinadas. Com o ChatGPT o cenário muda… Outra alternativa que está crescendo são buscadores com diferentes modelos de negócio. A Neeva, por exemplo, criada curiosamente por ex-funcionários do Google, tem um modelo de negócio diferente da Big Tech onde não vende informações dos usuários para publicidade e terceiros, e possui grande foco em proteção e privacidade do usuário. Com um modelo freemium, a plataforma oferece alternativas de assinatura para o acesso. 

Dança das Cadeiras

Mas além da curiosidade sobre o tema e as mudanças, o que esse assunto pode impactar na prática o seu negócio? Bom, no mundo de hoje, com quase a totalidade das compras de produtos ou contratação de serviços passando por canais digitais, saber ser encontrado é questão de vida ou morte. Desta forma, acompanhar de perto esse cenário, as mudanças e acontecimentos se torna essencial para você manter a sua posição atual em relevância orgânica em canais digitais ou até “hackear” novas oportunidades chegando antes e criando relevância em novas frentes que estejam surgindo. Por fim, você já parou para perguntar pro ChatGPT sobre algum produto ou serviço que você ofereça para saber o que acontece?

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