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AR: de Notre Dame até você

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A tecnologia poderá recuperar parte daquilo que foi perdido no incêndio de Notre Dame. E, não, não estamos falando de uma técnica extraordinária e específica, voltada apenas para poucos entendedores (e especialistas). Muito pelo contrário! A inovação que poderá salvar a catedral parisiense é a mesma usada por designers de videogames, por diretores criativos de agências e, principalmente, por todo um setor de negócios Mobile da Apple: a Realidade Aumentada.

The Healing Game

Lá em 2013, a Ubisoft planejou uma nova versão para a sua franquia de games de US$ 300 milhões, o “Assasin’s Creed”. A história do game, dessa vez, ia se passar em Paris durante o período da Revolução Francesa. Para ser o mais real possível, a empresa bilionária de games liberou os designers para recriar a Cidade Luz em 3D a partir de estudos e um 3D Scanning de locais específicos da cidade. Uma parte importante desse processo foi, obviamente, a digitalização em 3D de Notre Dame – que levou 14 meses para ser finalizada. Até a semana passada, o “Assasin’s Creed Unity” tinha “apenas” uma das renderizações em 3D mais realistas da famosa catedral. Depois do incêndio, o jogo guarda os detalhes e segredos para a reconstrução do prédio de 850 anos.

Tecnologia coringa

Uma pequena observação aqui antes da gente continuar: o reconhecimento espacial usado pela Ubisoft é um recurso essencial para a AR. A lógica é até que simples: ao entender qual as dimensões do espaço, é possível reproduzir imagens digitais nele.  

Mordida da maçã

O mercado de realidade aumentada (AR) deve chegar a US$ 20,4 bilhões em receitas em 2019 – e a US$ 192,7 bilhões em 2022. Esse crescimento tem um nome e sobrenome: Frank Casanova, o chefe da “iniciativa AR” da Apple. A Maçã, que lançou um kit de AR no iOS 11 no ano passado, resolveu criar uma área apenas voltada para AR esse ano. A indicação é clara: há um esforço da empresa de Cupertino para fazer essa tecnologia chegar ao grande público. E, lembrando da história do Mobile, quando a Apple quer, é difícil o mercado não seguir.

Um brinde!

Depois de tudo isso, não seria do espanto de vocês descobrir que a AR começou a sair do mundo dos games – e do papel para o dia a dia das marcas. A rede online de tickets, StubHub, por exemplo, utilizou a tecnologia para dar um up na venda dos ingressos do Superbowl do ano passado. Como? A partir de uma projeção em 3D do estádio projetada “na frente” daqueles que optaram por comprar os ingressos no celular. Ou seja, a pessoa podia sentir como assistiria ao jogo antes. Quer exemplos mais novos? A Jack Daniel’s – famosa marca de whisky, lançou uma feature em seu app que dá “vida” às garrafas de bebida, transformando-as em livros pop-up, com a história da marca.

Vai e escuta

Ligar AR à geolocalização também dá caldo! A rede de cinemas norte-americana, Regal, criou uma “caça aos ovos de páscoa” com AR, tipo Pokemon Go: os cinéfilos podem encontrar ovos (em 3D, lógico, mas bem que poderia ser de chocolate), em cartazes de filmes espalhados pela cidade. No lugar de pontos, a caça dá pipoca, ingressos e bônus em troca. Poderíamos usar todo o espaço do mundo para dar exemplos, mas vamos falar só mais um, essa orquestra mobile: um aplicativo que te faz ver e escutar instrumentos de uma orquestra como se estivesse no meio de uma dela. Ou melhor, como se uma tocasse no meio da sua casa. Nos tempos atuais, é sempre bom lembrar que a tecnologia, o Mobile podem enaltecer a criatividade (e imortalizar o que nos torna humanos).

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