A convidada: Emma Grede é uma empresária britânica de sucesso e uma das investidoras do Shark Tank nos EUA. Emma é cofundadora e CEO da Good American, marca de roupas que promove diversidade e inclusão, e também sócia de marcas como Skims, junto com Kim Kardashian. No Shark Tank, ela busca apoiar fundadores com propósito e visão, especialmente aqueles que podem ser subestimados por investidores tradicionais. Emma acredita que uma mentalidade positiva e o instinto são tão importantes quanto a educação formal. Emma é nossa convidada do Ghost Interview de hoje 🙂
Como você desenvolveu sua filosofia de investimento e o que busca em founders?
Muitas vezes penso em por que alguém teria investido em mim no início. Isso me levou a criar minha tese de investimento: os fundadores precisam estar em uma missão com propósito, tentando fazer algo diferente. Eu, sendo quem sou e vindo de onde vim, consigo ver algo nessas pessoas que talvez investidores mais tradicionais percam. Os melhores crescimentos que vi foram em investimentos que outros ignoraram, mas que, para mim, eram oportunidades óbvias.
Você mencionou que sempre teve clareza sobre o que queria. Como isso influenciou sua carreira?
Eu sempre fui muito clara sobre o que quero e tracei um caminho detalhado para alcançar esses objetivos. Sei exatamente o que me faz feliz e o que significa sucesso para mim. Com isso, criei etapas incrementais para chegar lá. Acredito que muitas pessoas não são claras sobre o que querem, e isso pode atrasar o progresso. Definir um plano e segui-lo é algo que sempre confiei ao longo da minha vida.
Como você equilibra a criação de uma visão clara para sua equipe e o recrutamento de novos talentos?
Eu gasto uma enorme quantidade do meu tempo articulando uma visão para a equipe e levando todos em uma jornada. Isso só é possível se você tiver as pessoas certas nas funções certas. Até hoje, 20% do meu tempo é dedicado ao recrutamento, trazendo pessoas que possam fazer a mágica acontecer. Para mim, a chave para construir organizações de sucesso é ter as melhores pessoas desempenhando seus papéis da melhor forma possível.
Você destacou a importância da mentalidade. Como essa abordagem mental impacta seu dia a dia?
Minha grandeza realmente se resume à mentalidade. Todos os dias, eu escolho como encarar os problemas que surgem. Posso me concentrar nos problemas ou posso acreditar que consigo lidar com eles. Essa mudança de mentalidade faz toda a diferença. As histórias que contamos a nós mesmos são cruciais para nosso sucesso ou fracasso, e isso influencia diretamente meus hábitos diários e meu trabalho. É assim que me preparo para o sucesso.
Você tem algum ritual específico que ajuda a manter sua mentalidade positiva?
Sim, todos os dias, pratico a gratidão. Quando acordo, a primeira coisa que faço não é
pegar meu telefone, mas me concentrar nesse momento de gratidão. Isso muda meu foco e me ajuda a começar o dia de forma positiva. Acredito que a forma como você pensa influencia diretamente como age. Ao mudar seus pensamentos, você muda suas ações, e essa prática de gratidão tem um impacto enorme na minha vida e na minha carreira.
Como a forma como você se comunica consigo mesma afeta suas realizações?
O que você pensa, você se torna. Para mim, a diferença entre sucesso e fracasso está em como eu falo comigo mesma todos os dias. A conversa interna que temos constantemente molda nossas ações e decisões. Ao controlar essa conversa, consigo abordar a vida de maneira mais eficaz. Isso realmente fez toda a diferença na minha carreira e na minha vida.
Na sua opinião, qual é o papel da educação formal ao contratar pessoas para sua equipe?
Quando contrato para certas funções, como um CFO, eu posso querer alguém com um nível certo de educação e experiência. Mas no meu negócio, isso nem sempre é tudo. Eu acredito que a criatividade não é algo que se pode aprender na sala de aula. Ela envolve instinto, e esse instinto é fundamental para o sucesso em certas funções. Portanto, embora a educação seja importante em algumas áreas, em outras é o instinto e a criatividade que fazem a diferença.
Você saiu de casa aos 17 anos. Como essa experiência moldou sua trajetória profissional?
Saí de casa muito jovem, assim que fiz 17 anos. Minha mãe era uma mãe solteira trabalhadora, e eu era a mais velha de quatro meninas. Eu sempre tive uma enorme sede de conhecimento e, por isso, fiz várias experiências de trabalho. Nessas experiências, sempre busquei encontrar pessoas que pudessem me explicar o porquê das coisas. Queria entender por que uma empresa operava de certa maneira, o que me ajudou a desenvolver uma visão mais ampla do mundo dos negócios.