A vice-presidente de tecnologia da Amazon, Mary Beth Westmoreland, é uma tecnóloga dedicada com mais de duas décadas de experiência. A executiva da Amazon trabalhou anteriormente na Blackbaud como Diretora de Tecnologia. Em 2019 e 2017, Mary foi nomeada uma das 50 mulheres mais poderosas em tecnologia pelo National Diversity Council, uma lista que homenageia as mais extraordinárias líderes femininas, influenciadoras e realizadoras que impactam a indústria de tecnologia. Mary também é curadora da Immaculata University, onde se formou em matemática e física. Além de um extenso trabalho na indústria de tecnologia, Mary é membro do conselho fundador da Charleston Women in Tech. E para falar sobre sua jornada e percepções sobre tecnologia, Mary é nossa convidada do Ghost Interview de hoje!
Você atuou em frentes e empresas que são e precisam ser inovadoras. Como você visualiza o processo de inovação dentro destes ambientes?
A inovação não acontece em um ponto da empresa, ela acontece em todos os lugares. Se você tem um funcionário que entende os problemas do cliente, você dá a ele o poder de resolver o problema. Você não diz a eles como resolvê-lo. Você descreve o problema e dá a eles acesso para ver o problema, mas depois os apoia em sua busca para tentar coisas para ver o que resolverá o problema da melhor maneira. E acho que isso leva a muita inovação.
(Mission.org)
Você pode compartilhar a história mais interessante que aconteceu com você desde que você começou na sua empresa?
Trabalhar na Blackbaud foi um dos momentos mais interessantes, emocionantes e desafiadores da minha carreira. Fiz parte de uma equipe de liderança executiva trabalhando para fazer a transição de nossa tecnologia, soluções, serviços e negócios para uma empresa SaaS/Cloud Software. Isso exigiu mudanças em como projetamos soluções, como trabalhamos juntos e como atendemos nossos clientes. Aprendi tanto nessa jornada!
(Authority Magazine – 2020)
As Big Techs estão de olho na inteligência artificial….Qual o potencial e expectativa em relação à IA?
A IA já está potencializando nossa experiência de compra online ao aprender sobre nossas preferências – tente pedir a Alexa para comprar um par de jeans [Risos]. A IA ajuda a garantir que os produtos sejam autênticos e permite fazer compras por voz [também conhecido como processamento de linguagem natural]. A IA pode ajudar a entender a intenção das buscas, levando-nos a produtos que atendem às nossas necessidades, embora não soubéssemos que existiam.
(Immaculata Magazine)
Quais são algumas das medidas proativas que a Amazon usa para impedir que pessoas mal-intencionadas abusem de sua plataforma?
Vender na loja da Amazon abre um mundo de oportunidades para os empreendedores. Tornamos mais fácil para os empreendedores configurar uma conta de venda, mas muito difícil para pessoas mal-intencionadas. A Amazon criou ferramentas líderes do setor para verificar as identidades de potenciais vendedores usando uma combinação de tecnologia avançada e avaliações humanas especializadas. Uma parte fundamental de nosso processo de verificação de conta que ajudou a tornar isso possível é nosso programa de verificação pessoal, que exige que os vendedores em potencial tenham conversas individuais com um dos membros de nossa equipe para verificar sua identidade e documentação. Essa verificação é aprimorada ainda mais por meio da verificação da localização física e dos instrumentos de pagamento do vendedor.
(Data Innovation – 2022)
Quais são algumas das maneiras inovadoras pelas quais a Amazon ajuda as marcas a combater falsificações?
A Amazon possui ferramentas antifalsificação líderes do setor para proteger as marcas. Essas ferramentas são alimentadas pela tecnologia avançada da Amazon e pelo conhecimento exclusivo que os proprietários de marcas têm de sua própria propriedade intelectual. Ao trabalhar em conjunto com os proprietários das marcas, podemos detectar e deter os falsificadores com mais eficiência e proteger melhor os clientes. Em 2017, lançamos o Amazon Brand Registry – um serviço gratuito para proprietários de marcas, independentemente de venderem em nossa loja – dando às marcas a capacidade de gerenciar e proteger suas marcas e direitos de propriedade intelectual na Amazon.
(Data Innovation – 2022)
Você já afirmou em uma das entrevistas sobre a importância de não de preocupar com pequenas coisas, pode nos explicar isso para o mundo dos negócios?
Às vezes, posso me rebaixar se deixar cair alguma coisa ou cometer um erro. Não gosto de desapontar ninguém perdendo um e-mail ou me atrasando para uma reunião. O que aprendi é que às vezes essas coisas não podem ser evitadas, que nenhuma pessoa razoável espera perfeição e, no esquema das coisas, às vezes esses “erros” simplesmente não importam. Portanto, não desperdice energia se preocupando com as pequenas coisas… economize para comemorar as grandes VITÓRIAS!
(Authority Magazine – 2020)
Como você vê o seu trabalho e a responsabilidade de inspirar outras mulheres no universo da tecnologia?
Para alguém como eu, que realmente não teve um modelo feminino forte e forte, sinto que é o meu legado. Meu trabalho é desenvolver, orientar, abrir portas para a próxima geração de diversos líderes. Seja uma mulher ou alguém de outras origens diversas. Eu levo isso muito a sério e me sinto muito feliz por trabalhar para uma empresa que também leva isso a sério.
(Mission.org)
Que conselho você daria a outras mulheres líderes sobre a melhor maneira de gerenciar uma grande equipe?
Acho importante escalar criando uma equipe de liderança forte que trabalhe muito bem em conjunto e incorpore uma cultura de aprendizado. Na verdade, seus subordinados diretos devem ser a “primeira equipe” uns dos outros, trabalhando juntos para resolver problemas, apoiar uns aos outros, cultivar uma grande cultura e administrar um negócio sólido. Uma equipe colaborativa e confiante realizará muito mais juntos do que trabalhando individualmente.
(Authority Magazine – 2020)
Durante a sua jornada, o que te marcou e “virou uma chave” para quem você se tornasse a Mary de hoje?
Eu era uma das poucas mulheres programadoras quando comecei meu primeiro emprego depois da faculdade. Eu senti que me destacava, mas não de um jeito bom, e me lembro de querer me misturar mais. Comecei a me vestir de forma muito mais conservadora porque não queria ser vista como uma “garota” e não falava tanto nas reuniões de equipe porque minha voz soava muito diferente. Lembro-me de minha irmã perguntando por que eu estava me vestindo tão “desleixada” e me desafiando a ser eu mesma. Foi um ótimo conselho que levei a sério e que ainda me serve bem. As empresas devem apoiar e celebrar as pessoas com todas as suas diferenças. E prosperamos como indivíduos e fazemos nosso melhor trabalho quando somos apreciados por quem somos.
(Mission.org)
Você pode nos dar sua “Citação de Lição de Vida” favorita? Você pode compartilhar como isso foi relevante para você em sua vida?
Eleanor Roosevelt disse que devemos “fazer uma coisa todos os dias que te assusta”. Tentar coisas novas, arriscar, colocar-se lá fora e falhar às vezes pode ser aterrorizante, mas também fortalecedor! Eu tento me esforçar para fazer algo para aprender e crescer todos os dias.
(Authority Magazine – 2020)
