Ghost Interview

Onze Anéis!!!!

Conheça Phil Jackson e suas práticas únicas de liderança e coaching!

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O Ghost Interview é um formato proprietário do Morse que recria narrativas em forma de entrevista para apresentar personalidades do mundo dos negócios, tecnologia e inovação. 


Phil Jackson é considerado um dos maiores treinadores da história da NBA. Jackson atualmente tem a maior porcentagem de vitórias de qualquer treinador do Hall da Fama. Junto com seus 11 campeonatos recordes da NBA, ele é o único treinador a vencer pelo menos 10 campeonatos em qualquer um dos principais esportes profissionais da América do Norte. No mundo do basquete, Phil Jackson é muitas vezes referido como o “mestre zen”. Suas práticas únicas de coaching integravam meditação, budismo e outras tradições espirituais. Jackson citou o livro de Robert Pirsig , Zen and the Art of Motorcycle Maintenance, como uma das principais forças orientadoras de sua vida. Ele é o autor de vários livros sinceros sobre seus times e suas estratégias de basquete, entre eles, o livro “Onze Anéis” sobre diversas lições de liderança. As táticas de Jackson são tão lendárias pois ele se afastou do modelo de liderança alfa estereotipado que vemos com tanta frequência nos esportes e adotou posturas diferenciadas. E para falar de liderança, time e resultados, Phil Jackson é o nosso entrevistado de hoje 🙂

Qual é a chave para o sucesso para você?

“Compaixão” não é uma palavra frequentemente usada nos vestiários. Mas descobri que algumas palavras gentis e atenciosas podem ter um forte efeito transformador nos relacionamentos, mesmo com os homens mais durões da sala. Quando Michael voltou aos Bulls em 1995, depois de um ano e meio jogando beisebol da liga menor, ele não conhecia a maioria dos jogadores e se sentiu completamente fora de sincronia com o time. Não foi até que ele entrou em uma briga com Steve Kerr no treino que ele percebeu que precisava conhecer seus companheiros de equipe mais intimamente. Ele tinha que entender o que os fazia funcionar, para que pudesse trabalhar com eles de forma mais produtiva. Esse momento de despertar ajudou Michael a se tornar um líder compassivo e, finalmente, ajudou a transformar a equipe em uma das maiores de todos os tempos.

(Entrevista Bob Walsh – 2021)

Você costuma dizer que o principal ingrediente para ganhar um anel de campeonato é amor, qual é a razão por trás desse sentimento?

Eu conheço times que se dão bem, fazem festa juntos e se divertem juntos, mas eles não compartilham e não têm o verdadeiro carinho que é preciso ter como um time. É necessário proteger um ao outro e apoiar um ao outro quando o seu companheiro de equipe está em perigo. É necessário entender o comportamento e padrões das pessoas no jogo, como que eles arremessam e o que é preciso para ser um arremesso bom. Tudo isso significa que é preciso sair de si mesmo e pensar nos outros. 

(Entrevista Time – 2013)

O que você tem a dizer sobre as pessoas que focam apenas em ganhar?

Como um treinador, sei que ficar obcecado em vencer, ou, mais provavelmente, não perder, é contraproducente, especialmente quando faz com que você perca o controle de suas emoções. Além disso, a obsessão por vencer é um jogo de perdedor: o máximo que podemos esperar é criar as melhores condições possíveis para o sucesso, depois deixar o resultado de lado… O que mais importa é jogar o jogo da maneira certa e ter coragem para crescer , como seres humanos, bem como jogadores de basquete. Quando você faz isso, o anel cuida de si mesmo.

(Entrevista Bob Walsh – 2021)

Qual é a sua visão sobre autoridade e liderança em um time?

Depois de anos de experiências, descobri que quanto mais tentava exercer poder diretamente, menos poderoso me tornava. Aprendi a controlar meu ego e distribuir o poder o mais amplamente possível sem abrir mão da autoridade final. A abordagem mais eficaz é delegar autoridade o máximo possível e nutrir também as habilidades de liderança de todos os outros. Quando sou capaz de fazer isso, não apenas constrói a unidade da equipe e permite que os outros cresçam, mas também paradoxalmente fortalece meu papel como líder.

(Entrevista The Startup – 2020)

Qual é a sua opinião na ideia de estrelas do time?

Você tem que ter um superstar em seu time para ganhar um campeonato nos dias de hoje. Você pode ter que ter dois jogadores fantásticos para fazê-lo. Mas a realidade é que eles têm que incorporar todos os seus outros companheiros de equipe. A gente fica muito focado nisso. A NBA fez questão em realmente fazer dessas superestrelas o prêmio que todo mundo quer. Esse é o seu cartão de visita e sua ferramenta de marketing. Mas os treinadores do outro lado da esfera estão tentando fazer com que todos na equipe, até nove, 10, 11, 12, sejam igualmente importantes e tenham um papel real que seja significativo. 

(Entrevista NPR – 2013)

Como você lida com o ego dos jogadores para que eles continuem trabalhando em suas habilidades?

Acho que uma vez que você está dentro da sala, você está na quadra, sabe, tudo parece dar certo. Acho que esses jogadores foram criados no basquete, especialmente nos Estados Unidos agora, onde o basquete da AAU está se tornando uma força dominante, onde eles têm apenas um acúmulo de jogadores talentosos – não muito tempo de prática e não muita habilidade no que diz respeito aos fundamentos, mas muito talento e habilidade no que diz respeito a arremessar e marcar e esta é uma geração diferente que aprendeu esse jogo e, como consequência, muitas das minhas práticas começam apenas com trabalho fundamental. 

(Entrevista NPR – 2013)

Qual é a sua estratégia para abrir mão do controle e deixar cada jogador se empoderar da sua maneira?

Eu já tive um caso de um jogador que eu queria muito que tivesse sucesso e seguisse jogando e que, mesmo sendo muito talentosos, eu tive que tirar do time por que não era compatível. Eu queria muito ter conseguido ajudar ele a ter sucesso mas eu não consegui, porque não era sobre mim e sim sobre ele. Isso mostra que mesmo tendo alguém talentoso que você quer no seu time, você tem que encarar a realidade dos atributos do jogador e onde ele realmente se encaixa. Muitos treinadores acreditam no poder de ajudar e até melhorar um jogador, mas na verdade o seu papel é entender o que ele é capaz e o que é o melhor para ele e seu time. Uma coisa que aprendi como coach é que você não pode forçar sua vontade nas pessoas. Se você quer que eles ajam de maneira diferente, você precisa inspirá-los a mudar a si mesmos. 

(Entrevista Chicago Tribune – 2013)

(Entrevista Bob Walsh – 2021)

Qual é uma lição que foi passada para os seus jogadores e como isso pode se aplicar na liderança de times?

Eu costumava dizer aos jogadores: ‘Há um grande músico chamado Pablo Casals. Ele era violoncelista, mas também era maestro de concertos. E quando perguntados sobre uma certa peça de música, eles disseram ‘Como você toca isso?’ Ele disse: ‘Não, não, eu não faço isso. Eu começo com o dedilhado e passo pelo dedilhado por uma hora antes de começar a tocar uma peça de música.’ E eu costumava dizer aos jogadores: ‘Estamos passando por nossos dedilhados. Vamos fazer nossos exercícios fundamentais e falar a linguagem do basquete com nosso corpo.’ No entanto, há ocasiões em que a melhor solução é não fazer absolutamente nada… Eu subscrevo a filosofia do falecido Satchel Paige, que disse: ‘Às vezes eu sento e penso, e às vezes eu apenas sento.’

(Entrevista NPR – 2013)

(Entrevista Bob Walsh – 2021)

Você acredita que liderar um time e montar um time é um processo fluido que muda com as temporadas?

Sem dúvidas. Muito desse processo é intuitivo. No meu livro eu falo muito sobre espiritualidade e estar em sintonia e em paz com a sua voz interior. Fazendo isso, você aprende a liderar de dentro para fora, você não aprende liderança de outras pessoas. Existem vários livros sobre liderança que fazem sucesso e que podem passar certas ideias, mas sem autenticidade e honestidade sobre quem você realmente é, as pessoas percebem. 

(Entrevista Chicago Tribune – 2013)

O que seria necessário para você voltar para os bastidores?

Eu não quero fazer isso. Os Lakers me ofereceram isso este ano e a gente debateu a possibilidade mas acabou não dando certo, eles acabaram indo em outra direção e por mim tudo bem. Essa foi a única situação que eu pensaria em voltar a treinar um time e voltar para os bastidores de novo. 

(Entrevista Time – 2013)

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