Ghost Interview
Do Oscar ao Exit!!!!
Conheça a jornada de Reese Witherspoon
Reese Witherspoon, além de atriz premiada e vencedora do Oscar de Melhor Atriz, atua também como empresária, produtora e empreendedora. Além de projetos como Reese’s Book Club e Draper James, a atriz fundou a Hello Sunshine, produtora importante nos Estados Unidos que está por trás de séries renomadas como “Big Little Lies” e “The Morning Show”. Recentemente, a produtora foi vendida pela bagatela de U$ 900 milhões – o equivalente a R$ 4,6 bilhões. Agora a empresa será comandada por uma nova empresa de mídia, liderada por ex-executivos da Walt Disney Company, Tom Staggs e Kevin Mayer. A venda também é apoiada pela Private Equility Blackstone. Neste ano, a produtora Hello Sunshine integrou a lista das 100 empresas mais influentes do mundo, segundo a revista Times. Para contar sobre a sua jornada como empresária e seus aprendizados na carreira, Reese é nossa convidada de hoje! 🙂
O que a jornada como atriz te ensinou que você acredita que os empreendedores devem aprender e aplicar?
Todo mundo tem que aprender a contar sua história. Você precisa aprender a contar sua história nas mídias sociais, para marketing, para arrecadar dinheiro, para vender, você terá que contar sua história e contá-la de uma maneira convincente e encontrar as partes que realmente ressoam com as pessoas!
Nos conte sobre a venda da Hello Sushine! Como foi e quais os planos?
Estamos apenas dobrando nossa missão! Agora teremos a capacidade de contar mais histórias, contratar mais cineastas, promover e elevar ainda mais autores. Estou muito animada para estender nossa missão e animação para que possamos alcançar mais mulheres jovens com essa ideia de que as mulheres podem ser as heroínas de sua própria história e fazer isso autenticamente como criadoras reais.
Como foi essa transição de atriz para empresária?
Então, já vinha sendo uma atriz, naquele momento, há 20 anos e já está com meus 34 anos de idade. Eu nunca tinha sido uma empresária, então não sabia como levantar capital. Eu não sabia termos-chave como KPIs e ROI. Acho que quando levantei capital pela primeira vez, e comecei a ter essas reuniões, contratar executivos, estar no comando e ter uma responsabilidade com um grupo de pessoas, eu tive que elevar o meu nível.
E como essa transição impactou a construção da empresa e do seu time?
Eu acho que pelo fato de que eu estava disposta a não ser uma especialista e fazer perguntas sobre coisas muito óbvias, foi meio cativante, eu acho, para outras pessoas. E deixei que outras pessoas fossem as especialistas em sua área. Então criou essa facilidade no relacionamento com o time, onde eu trouxe minhas competências essenciais com apenas criatividade e inovação, e eles trouxeram as deles, e foi uma espécie de bela mistura de ótima estratégia de negócios e criatividade incrível.
Qual foi o primeiro passo de “mudança” na construção da Hello Sushine?
Eu tenho uma relação interessante com a palavra ‘Poder’. Em Hollywood essa palavra foi usada para manter as pessoas longe. Então quando construímos a cultura da Hello Sushine soubemos da importância de compartilhar liderança: Como definimos poder? Como compartilhamos responsabilidades? Justamente para criar uma diferente Hollywood.
Quando falamos sobre a ideia de se comparar com outras pessoas, muitas pessoas dizem que a comparação é o ladrão da alegria. Mas isso também pode ser um combustível para aprendizado e motivação, qual a sua visão sobre?
Comparando-se com outras pessoas ou olhando para outras pessoas que se saem bem, acho que você pode obter muito com isso, certo? Você pode aprender muito. Nós sempre fazemos uma espécie de perícia sobre nossos shows e dizemos: “Então, por que aquele funcionou e aquele não funcionou? Por quê? Por que todo mundo quer ver aquele ator e não aquele ator?” E, e é importante, certo? Comparar é difícil, porque pode ser destrutivo, mas acho que é sobre o que você está aprendendo e porque você está comparando coisas. Você está medindo o sucesso e olhando para ele de forma crítica e dizendo: “Há algo a ser aprendido aqui?”
Você visualiza as redes sociais como grandes oportunidades, certo? Quais são as vantagens para a produtora?
Olha…Eu estava fazendo filmes no vácuo. Eu realmente nunca soube quem os estava vendo, quais eram seus sentimentos. Agora, eu tenho esse ótimo relacionamento individual com pessoas em todas as mídias sociais. … Podemos realmente descobrir e provocar exatamente o que o público quer ver!
Qual a sua visão sobre o mercado de streaming?
O streaming criou um mercado maior do que nunca para mais programas e filmes e, portanto, criou um enorme apetite pela propriedade intelectual. É fácil construir uma empresa de produção em torno disso. As empresas de produção ganham, os autores ganham.
Você teve que lidar com essa troca de papéis entre produtora e atriz em muitas produções. Como é esta troca de papéis?
São lados diferentes do seu cérebro também. São diferentes partes do seu cérebro, certo? A pessoa está resolvendo problemas, e alguém está sendo um grande líder que lidera pelo exemplo. E o outro é sobre estar completamente imerso em algo profundamente privado. Então, não vou dizer que foi fácil no começo, mas tenho parceiros incríveis que diriam, e tivemos que estabelecer limites em torno disso. Quando eu estiver no personagem, quando estiver no set, quando estiver fazendo isso, vou precisar que você assuma o caso. Isso também os capacita a serem líderes e realmente bons em identificar talentos, e dar-lhes a oportunidade de realmente brilhar e assumir. Não se trata de ego e de precisar ser o chefe.
Você lê muito certo? Inclusive você tem um clube só disso! Quais são suas indicações para nossos leitores empresários, executivos e empreendedores?
Eu literalmente leio muitos livros. Hum, os livros de Marian Wright Edelman foram muito úteis para mim. A Medida do Nosso Sucesso é um de seus livros. Quero dizer, honestamente, Gary Zukav, O Assento da Alma foi um grande para mim: que você é exclusivamente você, você é o diretor do filme da sua vida. Ninguém mais é a estrela do filme da sua vida. Coisas assim realmente me alimentaram, hum, eu quando jovem.
Agora estou lendo Glennon Doyle, Untamed. Outra indicação é Brené Brown—Braving the Wilderness, aprender a ter conversas difíceis com pessoas com quem você não concorda é uma grande parte da vida!